segunda-feira, 30 de março de 2009

Internacional 100 anos e uma "nova história".

Entramos na semana em que o time de 3, dos 4 blogueiros, completa 100 anos de história, em meio a um turbilhão de e-mails com vídeos sobre nossos maiores feitos, com trilhas sonoras que realmente emocionam, não tem como não se motivar para essa passagem que ocorrerá no dia 4 de abril. O que motiva mais ainda é que estamos com um bom time e que tem chances de brigar por tudo esse ano, entra como candidato a título em todas competições do ano, e pode se "internacionalizar" mais ainda com a real possibilidade de levantar 3 canecos fora do solo tupiniquim.
Tudo isso poderia resultar no post de hoje, mais um daqueles apaixonados, mas uma notícia que vi no portal da globo.com faz eu desviar minha atenção de 2009 para 1909, sobre algo que ocorreu a 100 anos atrás praticamente, pois segundo um conselheiro do Internacional, Tiago Vaz, através de pesquisas apontam que a fundação do Internacional teria sido de forma bem diferente do que é contada. Primeiramente foi descoberto que os fundadores do Internacional (irmãos Poppe) não eram comerciantes paulistas, e nem recém chegados na cidade, e muito menos renegados no "imortal" como se diz, eles teriam vindo de São Paulo sim, mas em 1901, seriam naturais do Rio de Janeiro e jornalistas, e que se quer tentaram se associar ao Grêmio, na qual era descrito como um clube "fechado", como a maioria naquele período. Segundo a pesquisa, naquele momento o governo havia incentivado a criação de espaços públicos para práticas esportivas, com intuito de formar jovens para o exército, seria aí a base para a criação de inúmeras entidades esportivas e entre tantas surgia o Sport Club Internacional. É importante então frisar que segundo o pesquisador Tiago Vaz, o Internacional não seria um clube de renegados no Grêmio, e sim um clube com idéias sólidas e contrária a elitização do esporte. Essa pesquisa será revelada em maiores detalhes na revista do Inter (distribuida somente para os sócios) do mês de abril (comemorativa do centenário), o pesquisador convenceu a direção do Internacional de que a história de fundação não é exatamente da maneira como foi contada e com isso será publicada uma nova história colorada, ainda segundo a matéria no portal globo.com, serão doados inúmeros documentos ao Internacional que comprovam o que Tiago Vaz afirma, alguns desses documentos serão expostos no novo museu do clube que será inaugurado no segunde semestre de 2009, esses documentos seriam de Carlos Bandeira Poppe, delegado aposentado que atualmente vive no Rio de Janeiro, sobrinho de Henrique Poppe idealizador da criação do clube, entre os documentos estariam períodicos da época, cartas da família e outros documentos.
Sobre esse assunto temos que ter cuidado, tendo em vista que ao se tratar de um período importante que é o centenário, as atenções são voltadas também para o passado, é um momento que se olha um pouco pra trás, mas também tem que haver uma certa cautela para tentar não reescrever a história de maneira distorcida, entre as primeiras conclusões que tiro, estão de que não duvido dessa nova versão, ela pode ser exatamente assim, e se for assim, cai por terra aquela ideia de Inter e Grêmio como grandes rivais desde sempre, ou pelo menos o Grêmio como grande rival colorado, já que na versão antiga, havia o ingrediante de não aceitação gremista com os irmãos Poppe, por isso falo para ter cautela, lembro também que tudo isso será públicado numa revista oficial do Internacional e de que essa nova versão trará muitas outras inquietações sobre os fatos a seguir daquele inicio de século, confesso que agurado anciosamente meu exemplar da revista do Inter, para ter acesso a mais detalhes sobre essa nova versão de fundação do clube que tanto amo, pode estar surgindo aí, um possível projeto de pesquisa no futuro.

sábado, 28 de março de 2009

Mas, afinal, o que é azulejo?

Primeiramente, quero repetir o gesto do Rafael e agradecer ao André e ao Ben Hur pela oportunidade de participar do blog. Espero que possamos fazer um blog cada vez melhor.
O que pretendo fazer agora é explicar um termo muito frequente no nosso cotidiano no Centro Universitário Metodista IPA: azulejo. Não se trata do bom e velho pedaço de cerâmica, comumente usado para decorar banheiros e cozinhas. Falo de um azulejo em especial, o que podemos denominar como azulejo acadêmico. Farei aqui uma pequena retrospectiva, para explicar o surgimento do termo.
Estávamos no primeiro semestre de 2008, nosso terceiro semestre de curso, na aula da professora Luciana Coronel, que ministrava a cadeira de Idade Moderna I. Por ser uma aula de muita discussão, vez ou outra alguns alunos se manifestavam com frases diversas, porém óbvias, que em nada contribuiriam com o desenvolvimento da discussão. O motivo disso era simples: o desejo de aparecer, de ser notado pela professora e pelos colegas. Recordo que estava sentado ao lado do Rafael, e ele comentou comigo algo referente a essa mania irritante e desnecessária que alguns colegas tinham em querer aparecer em uma discussão sem contribuir com nada de importante, que desse sustentação ao que falávamos. Então eu pensei um pouco sobre o que ele havia dito, e nesse meio tempo as participações desnecessárias continuavam.
Então eu virei para ele e comentei algo aproximado a isso: “Bah! Que mania de querer aparecer a partir de alguma coisa que alguém já fez ou já falou. Parece que ficam querendo colocar um azulejo em uma parede, só para se destacarem mais”. A partir daquela noite, qualquer contribuição desnecessária, que visasse apenas o chamar de atenção ou o preenchimento de uma lacuna deixada por um colega ou professor, passou a ser denominada de azulejo.
Temos em nossa turma pessoas que são experts em colar azulejos nas aulas, mas o maior de todos os mestres azulejistas já nos deixou: Hector. Não são apenas alunos que largam azulejadas nas aulas, os professores também fazem isso. Aliás, todos nós da “Luxiuose École” ou, como disse o Rafael, “École Luxiuosa”, já usamos de boas azulejadas nas aulas, mas apenas com aqueles que merecem e aceitam essa prática. Há certos professores que são “azulejoclastas”, ou seja, “quebradores de azulejo”, e destroem qualquer tentativa de azulejada antes que ela se inicie.
Talvez o maior azulejo dos últimos tempos tenha sido o surgimento do Filósofo Leonardo, que recebeu um positivo acenar de cabeça da professora, além de um encorajador e inesperado “é isso mesmo”.
Com o tempo, a maioria dos termos que usamos será explicada neste blog, e, para finalizar a explicação sobre os azulejos, segue abaixo a lista dos 10 Mandamentos do Mestre Azulejista:

1 – Não te calarás, mesmo que não saiba sobre o que se fala.
2 – Não te intimidarás com o olhar dos demais.
3 – Prepararás o azulejo com requinte.
4 – Defenderás o azulejo colocado.
5 – Te orgulharás do azulejo.
6 – Colocarás outros azulejos, para que o primeiro não se sinta sozinho.
7 – Aproveitarás os azulejos dos demais, para fortalecer os teus.
8 – Criticarás os azulejos dos teus desafetos.
9 – Farás isso com freqüência.
10 – Não temerás levantar a mão e falar: “Mas hein ôôôôô...”

Se todos os mandamentos forem seguidos a risca, qualquer um pode ser um Mestre Azulejista, caso contrário, será sempre um aspira. Bom final de semana.

O Gre – Nal do Século



Era uma tarde de verão em Porto Alegre, quando meu pai e eu decidimos ir ao Gigante da Beira – Rio para assistirmos ao intitulado, pela imprensa gaúcha da época , “Gre – Nal do Século”, clássico este, válido pelas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1988 que estava sendo decidido no início do ano seguinte, devido a uma das inúmeras peripécias da gloriosa CBF.
Este duelo, que definiria um dos finalistas daquele Brasileirão, possuía como ingrediente especial, a possibilidade ao vencedor de disputar a Copa Libertadores da América , visto que naquela época o Brasil era representado na competição mais importante da América do Sul pelo campeão e vice do campeonato nacional . Os protagonistas daquele Gre – Nal eram, por parte do Inter, o goleiro Taffarel , titular da seleção brasileira naquele momento e o atacante Nílson , artilheiro do campeonato com 13 gols. Quanto ao Grêmio, destacavam –se os meias Cristóvão e Cuca, jogadores em nível de seleção e o atacante Jorge Veras, carrasco do Inter em clássicos anteriores .
Uma curiosidade envolvia os técnicos de ambas as equipes naquela decisão. De um lado, Rubens Minelli , representando o Grêmio , logo ele que havia sido bicampeão brasileiro com o Inter em 1975 e 1976 e do outro o então jovem treinador Abel Braga, que mais tarde seria o comandante do colorado em suas maiores glórias.
Após esse preâmbulo inicial , vamos às incidências do jogo. No primeiro tempo, o jogo manteve –se equilibrado até que, para desespero do meu pai e de todos os colorados que lotavam o Beira – Rio, Marcus Vinícius acerta um chute despretensioso de fora de área e surpreende Taffarel, marcando Grêmio 1 x 0 . Para piorar, ao final da primeira etapa, o lateral – esquerdo alvi – rubro Casemiro é expulso por cometer uma falta violenta em um jogador gremista .
Depois do catastrófico primeiro tempo, meu pai ainda acreditava em uma virada histórica do Inter, mesmo com um homem a menos em campo. Quando as equipes retornaram após o intervalo, o velho percebeu que o Inter vinha com uma alteração. Diego Aguirre, atacante uruguaio vindo da Fiorentina e campeão da Copa Libertadores em 1987 pelo Peñarol, havia entrado no lugar Leomir, um volante. Neste instante, ele murmurou apenas uma frase : “Meu filho, este Abel é completamente maluco”.
Santa insanidade , esta do Abel . O Inter virou o placar com dois gols do artilheiro Nílson e qualificou –se para disputar a final do Campeonato Brasileiro de 1988 contra o Bahia. Infelizmente, o título ficou com os baianos comandados por Bobô & Cia.
Vocês talvez estejam se perguntando porque contei essa história . Eu explico: o Gre- Nal do Século foi a última partida de futebol na qual desfrutei da companhia de meu pai, que fatidicamente faleceu em um acidente automobilístico cinco dias após aquele jogo. Ao assistir a final contra o Bahia em casa, fiquei com a sensação de que se eu estivesse com meu pai no Beira – Rio naquele dia, tudo poderia ter sido diferente.
Por fim, agradeço aos amigos Ben Hur, André e Marcos pela oportunidade dada a mim de participar da chamada “École Luxiuosa” e espero contribuir para o fortalecimento e sucesso desse blog.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Gurizada malandra dos anos 90 x anos 2000

Como já estamos em 2009 e acredito que já vi quase tudo relacionado ao que me proponho a falar aqui, não acho precipitado o que escreverei, minha idéia é fazer uma espécie de comparação em relação aos adoelscentes "ligeiros" dos anos 90 (que eu vivi) e dos chamados anos 2000 (que eu convivo), os meus 5 anos de vivencia na era de 80 não me permitem fazer nenhuma analise de vida em relação aquele período. Ao passar essas duas décadas, não há como não fazer comparações, minha vivencia foi nos anos 90, e os anos 2000 é o que eu vejo nessa gurizada na rua, onde moro, no estágio e em todo lugar, a partir daí estão meus parametros. Não vou nem entrar no cenceito de malndragem, mas o termos de cara "ligeiro" ou esperto talvez se encaixe melhor, o cara "ligeiro" de hoje era bem diferente do "ligeiro" da década passada e posso dar 1 milhão de exemplos tranquilamente, mas tentarei ilustrar com os que elegi como mais importantes, e o primeiro aspecto é gritante diferença
A primeira delas é a frequencia na noite, quando eu tinha meus 13,14 ou 15 anos, até existiam festas que podiamos frequentar, lembro do Nukanua (aquilo era o inferno), Cord e clubes que faziam eventualmente festas destinados ao público dessa idade, tinham festas que nem vendiam bebidas alcoolicas e lembro de não ver a gurizada muito embriagada, eram exceções, para conseguir dinheiro ou liberação pra ir nas festas não era tão fácil, os pais mais liberais soltavam a molecada para ir em 1 ou 2 festas por mês no máximo, quando muito, no meu caso era até tranquilo, as meninas se arrumavam como meninas, confusões são normais até hoje e se pegarmos os anos 20 a.C. também exisitia, não importa o recorte temporal, faz parte da caracteristica e do comportamento nessa idade. Voltando mais próximo da atualidade, há uma penca de lugares para essa gurizada sair, confesso que não sei listar os nomes das bocadas onde vão, mas há opções, há mais eventos, shows e menos restrição em relação a idade para frequentar a noite, essa gurizada de modo em geral já toma trago desde cedo, fuma e faz confusão também, acredito que hoje tudo é mais acessivel sejam as coisas boas, sejam as coisas ruins, os pais são mais liberais do que no meu tempo e as meninas se vestem como mulheres, e ficam realmente parecendo mulheres, enganam muito bem.
Mudando um pouco contexto da "noite", acho que tem outro fator importante de destacar, é o acesso as tecnologias, é óbvio que a tecnologia de hoje é muito mais avançada do que na década anterior, a variedade é muito maior e muito mais acessivel, é inegavel isso. Mas meu celular quando ganhei era um "5120 i", ele tinha a incrivel tecnologia que mandava mensagem de texto, bah, eu me achava o cara, trocava a carcaça dele e meu celular se tornava prateado, pesava uns 324 kg e não podia ligar pra ninguém porque créditos era algo que não conhecia, isso faz pouco mais de 10 anos, alguns eram adeptos do wallkman ou discman, eu achava um saco carregar aquele trambolho, então não usava, meu computador era com internet discada, não dava pra acessar quase nada, nem todos tinham um PC e ainda por cima não exisitia MSN, se usava o ICQ, mas o que era moda eram as salas de bate-papo do UOL ou Terra (que se chamava Zaz)na qual eu entrava só pra chafurdar. Voltando pra realidade, quase todos tem acesso a computador e internet, carteira de identidade eles nem usam, mas o msn eles tem, orkut então nem se fala. Os telefones celulares são cheio de frescuras, mp3, tira foto, faz vídeo e mensagem serve só se usa pra baixar toque e participar de promoçoes na tv, mas uma coisa não mudou, assim como do meu celular eu não ligava pra ninguém por não ter créditos, hoje com tanto adereço que o telefone oferece se ele toca ou liga é o que menos importa, o som portáril deles é minusculo e o cara escolhe a música que quer ouvir sem ter que pegar uma caneta e rebobinar a fita. Pra falar com meus amigos eu gritava pro maluco lá no quarto andar e ouvia os vizinhos me xingando que eu atrapalhava a novela, hoje se querem se falar, vão no msn e resolvem tudo em 30 segundos sem perturbar ninguém.
A ultima grande diferença que citarei e confesso que essa realmente me indigna é o fato de que quando eu era guri, o cara tinha que ter toda uma produção pra ser notado pelas gurias, e isso custava caríssimo, começava pelos pés e o tênis tinha que ser da marca reef, até tinha o goofy, freeday que eram acessiveis, sim eram, até que os caras cresceram o olho em cima e ficou complicado se enquadrar no sistema, as ropuas de marca bonitinha eram uma fortuna, eu sempre recorri a C&A e Renner com seus produtos similares que na época davam pra comprar, não eram tão caros e o cara fazia em todas prestações possíveis, terminei no mês passado de pagar uma bermuda que comprei em 1997. O cabelo tinha que ser estileira, teve a moda do cabelo grandinho e esvoaçante, no melhor estilo Jonhy Utah, do filme Caçadores de Emoção, depois veio o topetinho, mas tinha que ter cabelo, tinha que ser esperto e não podia ser otário, e claro tinha que estar "presença", se não ficava ruim pra aparecer, o estilo predominate era o do surf e o mais intrigante que compravamos as roupas do nosso tamanho. Hoje... hoje basta tu ter uma roupa da Adidas ou Nike que são carissimas, admito, mas que qualquer camelô faz identica por 80% mais acessivel, as vezes a falsa é mais bonita que a original, o tênis é mais acessivel, e o cabelinho? que cabelo, é só raspar a cabeça e usar bem ralo, totalmente pelado não é o mais recomendado, também tem o moicano falso que tá aparecendo, falso porque não é aquele loucão carecão dos lados, pra ser bom faz uma cara de mal encarado, a voz tem que sair como se falasse gritado mas sem gritar (não tem como descrever isso), hoje é fácil, vira mano que tu faz sucesso e tem que ser do mal e muito esperto, mete umas correntes também que fica perfeito, ouça funk e o hip hop no celular sem fone, pra todos ouvirem que tu é fodão, esses ritmos ditam a moda, pagodinho vem de perto ali na cola. O surf e o Jonhy Utah morreram, agora é hip hop e Jay-Z mané. É impressionante a facilidade que esses caras hoje em dia tem e como o grau de exigência das meninas caiu de forma brusca, já o parametro dos guris continua sempre o mesmo, nada de luxo. Até o jeito de jogar bola mudou, quando eu jogava os times tinham uma tática, "abriu chuta", o negócio era enfiar o pé mesmo, afundar e o cara que fosse passar o pezinho por cima da bola e entregasse tomava um pau... hoje os caras só fazem gol de dentro da area, ser goleiro deve ser um saco, não tem chute a gol, mas a geração Crisitiano Ronaldo é especialista em uma coisa, falta de objetividade e firula, é só pezinho por cima da bola, nos anos 90, se um magrão fizesse um décimo que essa gurizada faz hoje a zaga baixava a lenha nele.
Esses exemplos ilustram o que concluirei aqui, e é óbvio que os anos 90, apesar de não tão fácil, foi muito melhor, mas concordo que quanto mais o tempo passa mais fácil é, em quase tudo, o sentimento que nosso tempo é melhor sempre existirá, o Ben Hur acha provavelmente que o tempo dele era o mais legal de todos, eu acho que o meu tempo era muito mais legal do que é hoje, e os que hoje vivem os anos 2000, dirão que a década de 10 não se compara com a década deles, é assim, a vida é assim.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Minhas 5 mulheres, meus 5 sambas de redenção.

Sai ontem a noite da faculdade praticamente pautado pra escrever essa manhã, quando sentei no pc me dei conta de que já havia escrito aqui sobre varios assuntos alguns como uma certa relevancia outros nem tanto e certamente muitas bobagens. Foi quando resolvi fazer uma homenagem as mulheres e tendo como sustentação as 5 mulheres da minha vida minha filha Marcelle, minha filha Betina, minha filha-cunhada Susana, minha mãe Dona Leda e a minha esposa Soninha.
Declarar o meu amor por Marcelle é facil pois ela é uma dessas figuras raras no mundo ou pelo menos no meu mundo, o seu jeito moleca, sua rapidez de raciocinio e o seu sensso de humor refinado aos 10 anos fazem dela sim uma menina muito especial. Xexeu como carinhosamente á chamo é da pá virada capaz de reunir uma molecada em sua volta rapidamente, cheia de ideias, sonhos e amor pelos animais, entre tantas historias que teria dela pra contar existe uma que talvez resuma a personalidade da menina, mesmo que essa historia tenha me causado um misto de senssações de pavor e orglho. Aos 4 anos a sapeca ficava em casa com uma secretária, pois nessa época eu era propretario de uma empresa e a minha esposa trabalhava em turno integral, mas imaginem essa secretária era muito preguiçosa e a menina tinha uma vontade maluca de descer para a praça do condominio, mas a danada da mulher nada de levar a menina, foi quando ela decidu descer e mais decidiu que ia visitar uma antiga secretária da casa fora do condominio logo ali na Vila Cruzeiro, e foi. no meio da tarde me liga a preguiçosa e me diz que a Marcelle havia sumido, pavor, panico e desespero imaginem os guardas do condominio já haviam procurado a pequena por todos os cantos possiveis e impossiveis daquela morada. Acionamos todos os amigos para uma busca, quando liga a Beth a antiga secretária e avisa pra Soninha que a a Xexeu estava lá em plena Vila Cruzeior com a sua boneca preferida em baixo do braço a sua procura. Acho que isso define qual é o tamanho da personalidade da pecinha, hoje aos 10 anos na quarta série, fazendo Francês, um pouco mais madurinha já não me dá tantos sustos, mas me dá a certeza de que terei muitas historias pra contar.
Falar de Betina não é algo muito dificil também , a Bebe como carinhosamente á chamamos é dessas adolecentes modernas, vaidosa, geniosa e cheia de personalidade pois a sua determinação e o seu QE (quoeficiente emocional) são marcas que saltam os olhos daqueles que convivem com a moça. Betina certamente é daquelas mulheres que poderiam ser musas que expiram os poetas, tamanha é a sua beleza, o sorriso largo, a sua delicadeza e por que não a sua vaidade, morena da cor do pecado, de gestos cadenciados como a bateira da Imperadores do Samba e de um balanço de dar inveja as mulatas do Sargenteli(Grupo de mulatas dos século passado), a personificação da beleza negra, ao prucurar uma definição para Betina, encontrei subsídios de sobra no mestre Cartola "As rosas não falam, simplesmente elas exalam".
Susana ou Susu como carinhosamente é conhecida no meu harém, essa o que tem de pequena tem de valente, psicologa de mão cheia, inteligente, bonita e determinada. A sua determinação talvez seja sua maior marca pois a menina é persistente e muito corajosa,já faz mais de um ano quando resolveu deixar a minha casa para procurar o seu caminho, me lembro como se fosse ontem o meu coração apertado, o estomago embrulhado me despedi momentaneamente dela, que saia da minha casa com uma felicidade ímpar pois estava indo pra sua casa, motivo ao qual que alias me encheu de orgulho e de medo também. Costumo definir as minhas mulheres com sambas, e o samba que define a Susu me remete ao Mestre Candeia "Chegou a hora de caminhar, eu vou, vou pra Portela que o samba já me chamou".
Dona Leda minha minha mãe, essa é geneses de tudo, mulher de fibra e garra, reune todas as qualidades de uma grande mulher só o fato de ela ter me criado como um homem de bem ja diz muito (risos) pois segurar o balanço do nego veio aqui não foi facil. A leda lembra o Mestre Bezerra da Silva "A velha bahiana é uma coroa legal, mas vagaundo enche a cara de cana e vai pra lá dar mancada".
Ahhhh, Soninha... minha coleção de sambas românticos, minha razão de viver, minha estranha loucura como diria a marrom, essa é inegualavel, seu sorriso, seus gestos, suas caretas, a sua furia tudo devidamente gravado nas minhas retinas. Falar o que mais de Soninha, mãe, guerreira, companheira, amante e futura advogada ou melhor juiza, é mole. Soninha é o meu porto seguro de aguas turbulentas, é o meu oasis no deserto, minha estrela guia no firmamento, o corrego aonde sacio a minha sede, minha inspiração é a sintese da minha vida, pra ela não tenho um compositor apenas ou melhor pra ela eu sou o compositor, pois é a fonte que me alimenta a alma, aquece o meu coração e alegra a minha vida. Cocotinha te Amo.

PS: Ainda faltou falar do meu varão Guilherme, em uma proxima oportunidade pois esse como diz o Mestre João Nogueira "Do samba sou a continuação".

terça-feira, 24 de março de 2009

De volta as raízes

A primeira coisa que terei que falar é que agora o blog não conta com 2 responsáveis, passamos agora a ser um grupo de 4 colegas, blogueiros e malucos afim de escrever sobre o que der na telha, bem-vindos Marcão e Rafael. Confesso que estou surpreendido com o sucesso de participação e atenção que nosso blog vem recebendo, temos só 7 dias de "vida" e por aqui já passaram o super-herói, mestre, professor e todas denominações possíveis Attico Chassot, e a nossa mais nova amiga equatoriana Matilde Kalil, nosso blog vai indo bem e obrigado aos leitores, ah enquete também tá concorrida, temos 8 votantes até o momento. Meu propósito hoje é falar sobre a experiêcia que vivi pela manhã, hoje.
Tive a oportunidade de voltar a escola na qual passei 10 anos frequentando como aluno, estudei todo(até então chamado) primeiro grau lá, o chamado Dolores Alcaraz Caldas, aquele humilde coléginho de pavilhão de madeira na qual tenho um carinho especial, pelos colegas e amigos que fiz lá, meu irmão e maioria dos meus amigos de infancia também passaram pelo Dolorão, até a Paulinha viveu por algum tempo naquelas salas de aula, muitas vezes voltava pra casa com ela, trovando e jogando uma conversa mole pra cima dela, hoje vejo que parece ter surtido efeito. Dia 24, agora pela manhã voltei a entrar em uma daquelas salas de aula (casualmente, uma das poucas que nunca estudei), dessa vez como futuro professor estagiário, alguns professores ainda estão lá desde o meu tempo como a professora Lizâni de matemática, na qual tinha fama de professora má, mas não comigo, eu era muito arregado com ela, sempre me dei muito bem com ela e ela parecia gostar de mim, a Marli, de espanhol que obviamente não lembra de mim e muito menos do que ela dizia sobre mim, que seria o novo Chaplin(sim, o Chaplin, não Chapolin), ela me achava muito engraçado e dizia que eu seria um artista, mas acabei escolhendo uma profssão que ganha um pouco menos, tem a professora Fátima de educação física, essa lembra de mim, ainda me chama pelo apelido na qual era conhecido, Dé, foi legal ao falar com ela, no meio do papo ela disse pra mim: "Tu era aquele baixinho, né? bom de bola? tu não é o Dé?". Sou esse mesmo, estou lá de volta, e o motivo por hoje eu estar por lá de volta, passa também por estes professores, que algumas vezes chamaram minha mãe na escola pra tentar me pôr nos eixos, que tantas vezes diziam pra eu me acalmar e estudar um pouco, e que de uma certa forma fizeram parte da minha formação de vida que tenho hoje, é com muita satisfação que retorno ao Dolores, confesso que quando escolhi ser professor de história, esse era um dos meus desejos, dar aula ali. E como diziam de forma preconceituosa, meus amigos que tinham dinheiro e não estudavam em escola pública: "Dolorão, Dolorão, entra burro e sai ladrão." Hoje é a prova de que isso não é verdade, eu voltei pra lá, pra quem sabe dar aula para os irmãos ou filhos desses mesmos. O dia de hoje pra mim foi realmente gratificante e a jornada tá apenas começando.

Boa tarde a todos!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Soy Latino Americano

Lendo o comentário da nossa mais nova amiga a equatoriana Matilde Kalil, não pude evitar o sentimento de reparação, ao qual eu deveria me submeter. Muito embora ao escrever o artigo “Minha Identidade é o Samba”o meu objetivo fosse meramente apontar o samba como um dos elementos de formação da identidade nacional, faço aqui um mea culpa por não apresentar os nossos elementos latino-americanos como os grandes formadores sim de uma identidade continental,ao qual nós brasileiros insistimos em renegar.
No segundo semestre de 2008 assumi uma 6° série com o objetivo de ministrar a matéria chamada “O encontro entre dois mundos”, a partir desse titulo identifiquei alguns conceitos que me são caros para trabalhar e o escolhido foi o de identidade, muito embora ainda sinta que esse conceito é de conhecimento incipiente por parte desse vós narra, mas aceitei o desafio.Com o lastro teórico fortalecido a partir das aulas da Professora Adriana Fraga, que ministrava a cadeira de América , aceitei o desafio, comecei com duas pesquisas uma étnica e outra de identidade continental, o resultado foi o esperado cerca de 80% dos alunos com traços étnicos negros ou indígenas não se consideravam como tal e 100% do alunado não se percebia como latino americanos Simplesmente só ratifiquei uma discussão que era latente nas aulas da professora Adriana, então a partir do elementos discutidos na acadêmia e com o subsídio fornecido pelos meus alunos começamos lentmente a trabalhar as questões de identidade continental ou seja a inserção dos brasileiros no contexto da America Latina seja no século XVI, seja no século XXI. Com a composição de vários elementos culturais, exceto a lingua talvez o grande entrave identário fomos paulatinamente pensando juntos o ser latino americano, e sem falsa modestia acho que chegamos a um bom termo, muito embora ainda permeasse na sua auto identificação um ranso europeu no qual tenho algumas ressalvas nesta postura identitária, bem como na expressão afro-descendente na qual também tenho muitas ressalvas conceituais.
O importante é que a amiga Matilde Kalil, me deu a oportunidade de não deixar transitar em julgado a minha identidade latino americana, e sim reafirma-la, pois como muitos brasileiros eu me auto identifico sim como latino americano e mais, tenho orgulho de assim o ser brasileiro, mestiço e latino americano, muito embora para me conhecer basta ouvir um bom samba ou talvez em meio a uma envolvente roda de rumba, quem sabe de par com uma bela mulher dançando tango, ou quem sabe ouvindo Paulina Tamayo(cantora romântica equatoriana) em uma noite de luar. Obrigado Matilde.

domingo, 22 de março de 2009

Attico Chassot é um Super Heroi

Amanheceu um lindo domingo de outono, onde tive a oportunidade mais uma vez na vida de acordar cedo e admirar a beleza do dia da janela da sala de meu apartamento no bairro Menino Deus. Entusiasmado com as orientações do professor e amigo Éder Silveira, sobre trabalhar com o grande Mário de Andrade como vetor da construção do meu artigo sobre identidade brasileira, logo cedinho vim para frente do pc e troquei emails com o amigo. Em seguida fui até o blog do Mestre Attico Chassot e me atualizei com as suas "aventuras", expressão usada pelo colega Marcos Bastos. Mestre Chassot como carinhosamente o chamamos em nossa roda de amigos, só é chamado de mestre pois não conseguimos um adjetivo mais adequado, muito embora já ha algum tempo que sentimos que Chassot é mais do que um mestre, é sim um super herói.
O Senhor Áttico Chassot é desses caras no mundo que só vemos na ficção científica como: Mestre Yoda(Guerra nas Estrelas), Professor Xavier (X-Men) e o Mestre Splinter(Tartarugas Ninja), a sua sabedoria, seu conhecimento, sua elegancia entre outros adjetivos que poderia dar, fazem dele muito mais do que um Grande Professor com um curriculun invejavel e com um passaport de fazer inveja ao Fernando Henrique Cardoso, e olha que o ex presidente viajava, risos... Chassot é sim um Super Héroi. Me lembro como se fosse ontem, era inicio do outono de 2008 quando adentra pela sala um senhor grisalho de fala mansa, de sorriso largo e olhos flamejantes extremamente lisonjeado por estar entre pretensos historiadores, e mais, com um convite nas mãos ou melhor nas palavras, o de fazer uma viagem sobre a LDB, não simplesmente discuti-la formalmente, mas sim viajarmos nela penetrar-mos em uma discussão que vai muito além de leis, decretos e artigos, mas nós inserir no contexto como professores e educadores entre outras discussões que se fizessem pertinentes á LDB ou não ( a melhor parte). Imaginem que tinhamos em nossa frente um homem que entre muitas qualidades é quimíco com doutorado, pós doutorado e o escambau em educação, com transito na filosofia, na historia e principalmente na vida, que oportunidade foi dada a nós pobres mortais, seguramente as noites de terça feira do outono-inverno de 2008 deixaram marcas em alguns indeleveis e em outros como eu muito profundas como essas cicatrizes de ferimentos de guerra que se ostenta com orgulho, pois então eu tenho muito orgulho de ter tido a honra de algumas noites ouvir o e privar dos ensinamentos do mestre Chassot, ou melhor do Super Attico Chassot. Já me fogem as palavras para falar de Attico o certo é que na medida do possivel tentei homenagear esse homem singular neste espaço ,a quem devoto grande admiração e respeito e com certeza muito carinho. Super Attico ofereço a ti uma passagem do livro O Profeta, de Khalil Gibran meu poeta preferido:

"O amigo é a resposta aos teus desejos. Mas não o procures para matar o tempo! Procura-o sempre para as horas vivas. Porque ele deve preencher a tua necessidade, mas não o teu vazio." Khalil Gibran.

sábado, 21 de março de 2009

Indicação de um grande amigo meu

Pois é, sábado a tarde, dia agradável, de temperatura elevada em Porto Alegre, estou de bobeira enquanto a Paula dorme um pouco, depois de uma manhã de aulas no IPA, então resolvi dar uma passada aqui e escrever algo relevante para o mundo acadêmico, algo que pode servir para futuras pesquisas históricas, a ideia é não me prolongar muito, mas dar uma contribuição relevante para o blog, antes de mais nada vou explicar de onde tirei essa ideia de escrever sobre isso, e ela veio depois de uma conversa que tive com um grande amigo meu, falamos sobre um autor baiano que não lembro seu nome e a obra destacada leva o nome de... me falhou a memória agora, mas o que importa é o conteúdo e as palavras.
Bom começarei aqui falando sobre o autor , ele é de grande relevância no cenário nacional da literatura, sociologia e história do pensamento, ele é com certeza formado em alguma universidade de ponta, e seus trabalhos mais relevantes são voltados para analise sociológica da historiografia literária moderna, vejam que isso abrange um amplo espectro de sapiência cognitiva multi-disciplinar, esse ultimo termo eu gosto muito de pesquisar, na qual se trata das "multi-faces" que o conhecimento agrega no pensamento filosófico, sociológico e porque não epistemológico, traz a quem coleta essas informações multiplas, um conhecimento além de uma fonte exclusiva, e acarreta numa maior compreensão abstrata sobre as perspectivas abrangentes em um tema. Vejam só um exemplo, o caso em que esse autor renomado usa pra explicar o que falei acima, quando ele explora e faz a analise historiográfica de uma concepção moderna de mundo globalizado, ele traz para o antro da sapiência toda uma ideia de popularização do conhecimento através dos meios de comunicações modernos, como a TV, rede mundial de computadores, rádio e telefonia, logo assim os excluídos passam a ter voz na sociedade acadêmica, num período que poderíamos denominar de pós-estruturalismo, tema abordado incansavelmente por diversos autores ditos importantes e clássicos. Através de um espraiamento do conhecimento, em um avalassador processo concêntrico, a lucidez sociológica bate de frente com o apagar das mentes formadoras de conceitos e pensamentos. Está mais que na hora de grandes pensadores reverem sua abordagem, pois na atualidade, correria da vida cotidiana, a pressa das grandes metrópoles e calças apertadas, o livro não é a única fonte de sabedoria, a inteligência passa por um novo processo de captação da informação. Deixo aqui uma questão, será que esses processos trarão ao mundo científico e popular uma inteligência artificial?


Sentiu que perdeu seu tempo lendo isso?
Achou bobagem?
Tem gente que curte isso, ou pelo menos parecido com isso, eu não curto, palavras bonitas que não falam nada, não acrescentarão absolutamente porcaria nenhuma. E o pior que quanto mais vou vendo coisas, mais vou vendo absurdos parecidos, sejam políticos dando declarações na TV desse tipo, seja o Tite explicando a função do D'Alessandro no time do Inter, ou sejam lá quem for, eu não caio nessa, pra mim não cola. Espero que nenhum idiota um dia navegando na internet cole isso no seu trabalho e sabem o que é pior, é capaz de tirar 10.

sexta-feira, 20 de março de 2009

A Bala de Goma e o Smart Phone

Ja se passaram uma década desde que a minha filha Marcelle nasceu e nesta década tive a oportunidade de acompanhar de pertinho o desenvolvimento tecnologico mais precisamente o da telefonia celular, onde tive a oportunidade lá em 1999 de fazer parte da euipe comercial da Telet s.a então Claro Digital hoje somente Claro. Acompanhei a revolução do sistema analógico para o sistema TDMA, do TDMA para o GSM e do GSM para a Geração 3 o famoso 3G, sempre na aréa comercial, tive a oportunidade de assistir a evolução desses aparelhinhos magnificos que não sabemos viver sem eles, vi também a fobia dos homens para acompanhar a moda tecnológica empunhando aparelhos cada vez mais sofisticados e complexos. Em contrapartida nessa mesma década acompanhei muitos meninos nos semaforos vendendo balas de goma, entrando e saindo de onibus com um "spit"(expressão da aréa comercial= discursso) elaborado dando inveja a muitos vendedores. Passado esses 10 anos chego a minha residencia cansado do trabalho, após longas horas de negociação com um cliente em potencial discutindo a utilidade dos Smart Phones e Iphones, e penso maldita seja a "Pós Modernidade" que trás consigo a efemeridade dos prazeres tecnologicos, a banalização do papo tradicional, pois alguem tem alguma duvida que os prazeres tecnologicos são efêmeros, pois no instante que compramos algo de alta tecnologia ja esta saindo um outro mais avançados tecnologicamente e aguçamos o nosso desejo novamente, sem ao menos nos deliciar com o prazer que o brinquedinho novo que compramos poderia nos proporcionar, ou melhor ainda quando nós ultimos 5 anos alguém de vós não estava em uma roda de amigos em um papo descontraido não tocou um aparelhinho maldito e interrompeu um coloquio por vezes importante, interessante ou até mesmo uma banalidade qualquer divertida, reintero maldita "Pós Modernidade", que fez com que a Soninha me achasse a hora e no lugar que ela bem entendesse.
E especialmente hoje ao voltar para o meu lar e para os braços da minha Soninha me deparei mais uma vez com alguém a quem a "Pós Modernidade" não atingiu diretamente, aquele menino dentro de um onibus com o seu discursso elaboradissimo e com uma necessidade vital quase suplicava aos passageiros indiferentes ouvindo seus I Pod"s, falando em seus celulares recebendo seu emails essas coisas da dita "Pós, que lhe comprasse um pacote de balas de goma por miseros R$ 0,50, pois o menino precisava dar o que comer a sua familia não tinha mais do que 10 anos. Então comprei alguns pacotes de bala de goma e imediatamente me remeti a minha filha Marcelle 10 anos, totalmente inserida no contexto pós moderno, de raciocinio rápido, agilidade ao digitar, facilidade no manuseio de pequenos aparelhos uma perfeita "Filha da pós modernidade".
Meus olhos lacrimejaram ao pensar em tudo isso, revoltei comigo mesmo e com mundo como não poderia ser diferente, um pobre menino vendendo balas e eu ali um pretenso professor de história, refinando e elaborando cada vez mais o discursso teórico, assistindo ou melhor participando dessa" selvageria social", onde uns querem o Smart Phone e muitos querem um prato de comida. Existirá os que digam ahh a culpa é do sistema capitalista, outros dirão ahhh a culpa é das mães que botam muitos filhos no mundo, muitos dirão ahhh a culpa é governo que não educaos menos favorecidos pela "pós modernidade", onde na verdade acho que muitos são os culpados de tudo isso inclusive eu e o Smart Phone.

Filósofo Leonardo

Hoje inevitavelmente terei que falar sobre a noite de ontem junto ao corpo acadêmico de historia no IPA, onde tudo transcorria dentro da normalidade cotidiana ou seja á aula do Professor Ramiro Bica (Brasil República) recheada de azulejos (expressão a ser definida nas proximas postagens) onde os carissímos amigos se esforçavam para colocar os maiores e melhores ladrilhos acadêmicos, e pasmem azulejos muito bem elaborados capazes de convencer bancas de mestrado e doutorado, qualidade de poucos homens por isso eu os defino como "mestres azulejistas". Partindo dessa perspectiva ou seja a arte de colar um azulejo acadêmico lembramos de um doutor nessa arte o ex.colega Saul Junior capaz de criar autores,pensadores e até filosofos todos frutos de sua imaginação e da ânsia da apropriação do conhecimento, mesmo que para isso ele tivesse que recorrer a sua imaginação fertil, bem mas isso também é papo pra depois pois o Senhor Saul entre outras considerações que devam ser feitas a ele, se apresentava como "Ator Pornô".
Feito minimamente a apresentação do cidadão Saul Junior voltarei a ordem do dia, em uma noite fria do inverno de 2007 após uma aula de Antiguidade Classica,vinhamos encurralados em um Uno Mille, eu , Saul, Guilherme, Guima, Ruivo e provavelmente Joel, aonde mantinhamos uma discussão acalorada sobre os filosofos gregos Aristoteles, Platão,Socrates e muitos outros. Foi quando Saul em uma imerção intelectual trouxe a baila a figura enigmática do filosofo "Leonardo"ao qual ele atribua grandes considerações intelectuais ao obscuro filosofo na construção do pensamento filosofico clássico, como já era de praxe fui a loucura por tratar-se de um pensador desconhecido por mim.Estabeleci uma discussão acalourada recheada de xingamentos, palavrões e outras palavras de baixo calão com o amigo, que não se rendeu a minha grosseria e continuou afirmando a existencia do bem dito filosofo e a grandiosidade de sua obra, e pasmem novamente afirmou ter usado a contribuição intelectual de "Leonardo" na construção de algumas respostas na prova da Prof. Tais (Antiguidade Clássica) já não havia mais nada a ser discutido, restou para mim a espera incanssavel do resultado da prova, que simplesmente ratificou as minhas suspeitas o tal filosofo grego jamais existiu (será).
Dito isso me volto a uma noite agradavel do outono de 2009, mais precisamente ontem 19/03/09, quando novamente a professora Tais desfilava conceitos e implicações sobre as questões patrimoniais no Brasil (Prática de Arquivo) eis que surge novamente a figura do filosofo Leonardo na discussão, um colega que aqui me dou o direito de garantir o seu nome no anonimato fez uma intervenção eloquente (azulejo) dando explicações sobre o principio da oralidade na Grecia, construiu um discursso de efeito e com muita convicção atribuiu ao mal dito filosofo "Leonardo", e pasmem novamente não foi questionado e nem sequer corrigido pelos colegas discentes que ouviram com atenção a colocação e ainda por cima ratificaram a contribuição do humorado colega, onde não pude me conter e sai da sala com outros amigos que também se deram conta que aquilo era uma sacangem, e te falo em sacanagem.
Após esse desfile de historias supra citadas chego ao ponto chave da minha postagem de hoje, pois ao refletir sobre o inverno de 2007 e o outono de 2009 nos quais o filosofo "Leonardo" esteve presente fico pasmo ao ver como é facil a construção de algumas verdades e o quanto é dificil fazer a crítica na construção dessas, seja ela professada por um colega discente e pior ainda será se for estabelecida pelo professorado.Talvez ai é que resida o diferencial do grupo amigos que construi em torno de mim no ambiente acadêmico, pois tratam-se de criticos contumazes e verdadeiros "Hunters" do conhecimento, não se deixando levar por palavras bonitas e construções rasas de ideias elaboradas, mas sim debruçados verdadeiramente nos grandes autores,pensadores e filosofos, que realmente existem e que realmente contribuiram para o avanço do conhecimento. Mas enfim o Filosofo "Leonardo" mesmo contra o meu gosto veio para ficar , claro que em uma categoria secundária talvez terciária,mas o fato é que ele esteve, está e se conheço bem essa rapaziada estará sempre presente... "ÁVIS LEONARDO"

quinta-feira, 19 de março de 2009

Amigos (2)

Eu havia escrito aqui antes que não tinha reparo nenhum a a fazer no post inaugural do blog, feito pelo amigo Ben Hur, mas andei pensando e tem que ser feito sim, mesmo com toda a qualidade do texto feito por ele, faltou algo, e se tratando de amigos faltou falar do meu grande amigo na qual divido essa página e a ideia de escrever aqui neste espaço.

Primeiro de tudo a trajetória que passamos pra nos tornamos amigos como somos hoje não há reparos a se fazer, a descrição dele é perfeita, realmente a influência geográfica e a localização que nos encontrávamos em sala de aula no inicio dessa jornada dificultou nossa aproximação, que se deu apenas depois de um certo tempo, na verdade naquela época não fazia parte de nenhuma "facção", era uma carreira solo que eu tinha digamos assim, talvez por ser assim meio "voo solo" que mais adiante eu tenha me identificado no lado dos "out siders". Vou me apropriar de uma fala do amigo Ben Hur que diz que não entrou na faculdade para fazer amigos, eu também, e até achei que não faria, isso mudou de figura na medida que o tempo foi passando e pude observar as pessoas, vi que um punhado de pessoas com suas diferentes características tinham algo de diferente que fizeram eu reconsiderar minha perspectiva inicial. Logo assim com o tempo fui me aproximando do Lucas, Ben Hur, Gui, Lucão, Rafael, Fabíola, Camila e comigo praticamente trouxe de arrasto o Marcão (não necessariamente nessa mesma ordem). Do Ben Hur há algum tempo posso me considerar amigo dele, e tenho ele como um mestre, as vezes o chamo assim, e realmente parando pra refletir esse cara é um mestre, digo mesmo com o pouco que conheço da história de vida desse cara, é um vencedor, batalhador, leal, sábio e esperto, um cara de grande caráter, companheiro afu e um sujeito pra lá de gente fina, ele é um mestre da vida. Hoje tenho a intimidade de chegar do nada e almoçar na casa do cara, e ao sair dali admira-lo ainda mais pela família que tem e na qual tenho muito carinho a todos, inclusive o mal encarado do Joca, é um amigo além do mundo acadêmico, parceiro pra tomar uma cerveja, falar do colorado, ir no Gigante da Beira-Rio, fazer o que for preciso pra te dar força e pra criticar quando deve, é disso que uma amizade sólida e verdadeira se constrói, e acredito que esses ingredientes todos descritos acima e durante esse texto culmine na chance de compartilharmos ideias nesse blog e de (se tudo der certo) fazer uma baita festa de formatura no começo de 2010.
Para não perder o gancho e incluir tudo numa só postagem, aproveitarei agora para falar de outra pessoa importante nesses quase 2 anos e meio de graduação, o Ben Hur já falou praticemente tudo sobre esse cara, gostaria de falar um pouco de Éder Silveira, figuraça e gente boa da melhor qualidade, como falou o Ben Hur infelizmente gremista, (mas como muito é dito por aí o que seria dos colorados, se não fossem os gremistas e vice-versa) mesmo com esse horrível defeito, gostaria de expor alguns aspectos que acho importante em relação a esse "exemplar", como escrevi mais acima imaginei que não faria grandes amizades na faculdade e confesso que achei que era mais difícil ainda fazer amizade com um professor, isso de certa forma se confirmou, escrevo isso pelo seguinte, a diferença que vejo no Éder é que, em uma conversa qualquer "de corredor" ele não se coloca como professor ou um "ser superior", fala comigo de igual pra igual e a partir disso cria-se um vínculo de amizade que vai além do mundo acadêmico e além da relação "professor x aluno", sinto que tenho a liberdade de falar com ele sobre tudo e com a sensação de estar realmente falando com um amigo e não com meu professor, tenho todo o respeito pela sua postura de professor na qual posso afirmar que exerce com maestria, saio de suas aulas ,muitas vezes pesadas, com a certeza de que aprendi "algo", e o melhor de tudo isso é que mais a frente percebo, quando nos deparamos em outras discussões, é notorio e aí sei o que aprendi naquele "algo" e com quem aprendi, ontem foi um dia incrível, conversamos sobre ideias de um artigo e tive valiosos aconselhamentos e orientações, e a sensação que fiquei ao sair da biblioteca era de que eu dessa vez vejo que tenho condições de fazer algo diferente de tudo que já fiz, algo realmente bom, ao trocar uma ideia com o Éder ontem, fez eu ter certeza de que mais do que nunca eu quero ser e posso ser um historiador.
Precisava escrever sobre isso, pode se tornar repetitivo, ou seja lá o que os possíveis leitores achem, mas não podia deixar de incluir o Ben Hur entre os "AMIGOS" que ele postou no primeiro dia, e de expor o que acho sobre o Éder Silveira.

Vou tomar a liberdade de falar algo aqui e incluir o Ben Hur e acho (espero)que ele vai concordar comigo, o professor Édison Cruxen falou ao discutir o texto da aula de ontem, que no estágio que estamos da graduação, nós temos que andar na vida acadêmica no ombro dos grandes, e todos concordamos. Hoje vejo que andamos no ombro de um baixinho, mas que sem dúvida é dos grandes.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Minha identidade é o samba.

Hoje tomei a liberdade de publicar o meu artigo por aqui, por vários motivos o primeiro é a minha vaidade que entende que nesse espaço as minhas palavras terão uma maior repercussão, segundo lugar é um desabafo em relação ao tema que tem me consumido pensamentos, formulações e pesquisas e em terceiro lugar é para provar que este espaço tem mesmo que minimamente lugar para discussões interessantes.

Minha Identidade é o Samba.
Ben Hur Rezende
Graduando em História do Centro Universitário Metodista do Sul.


Esse texto pretende discutir algumas narrativas de identidade mestiça sobre o Brasil e a brasilidade através do samba como elemento cultural com traços e formação miscigenada desde a sua gênese, para fundamentar a discussão tomarei como ponto de partida um simbólico encontro no inicio do século XX. Organizado por Sergio Buarque de Hollanda e com as presenças de Gilberto Freyre, Prudente de Morais Neto, e Heitor Villa-Lobos, para uma grande "noitada de violão" um encontro especialmente notável, em 1926,que juntou Pixinguinha, Donga e Patrício Teixeira – três sambistas do grupo Os Oito Batutas com alguns membros da elite cultural e política do Brasil dos anos 20. Esse encontro talvez caracterize a mudança de status do samba como objeto de contravenção para manifestação cultural, representante na formação da identidade brasileira, tal qual a mudança de mentalidade em relação à identidade do brasileiro. Em conjunto com o amadurecimento intelectual dos representantes da elite carioca é possível observar uma mudança no cenário cultural do Rio de janeiro, no que diz respeito à musicalidade, o mágico desse encontro é que, na mesma medida em que esses intelectuais se tornam os grandes nomes de nossas letras, eles carregam junto para o cânone o samba, que cresce com eles. O modo de pensar a mestiçagem nesse momento histórico tem uma relação direta com os movimentos culturais, como sugere Gilberto Freyre.

“O que se sente em todo esse desadoro de antagonismos são as duas culturas, a européia e a africana, a católica e a maometana, a dinâmica e a fatalista encontrando-se no português, fazendo dele, de sua vida, de sua moral, de sua economia, de sua arte um regime de influencias que se alternam, se equilibram ou se hostilizam. Tomando em conta tais antagonismos de cultura, a flexibilidade, a indecisão, o equilíbrio ou a desarmonia deles resultantes, é que bem se compreende o especialíssimo caráter que tomou a colonização do Brasil, a formação sui generis da sociedade brasileira, igualmente equilibrada nos seu começos e ainda hoje sobre antagonismos.”[1]
È importante remeter-mos aos anos 20 para o entendimento dessa relação, aonde o processo de afirmação de uma identidade brasileira em conjunto com uma construção sócio-cultural a qual o povo brasileiro se reconhecesse era emergente. Ao analisarmos a passagem do texto clássico de Freyre é inegável o quanto o samba e o seu encontro com os eruditos já era previsível, pois naquele momento histórico, as discussões e a afirmação das relações mestiças no Brasil só confirmam o samba como um grande elemento de aglutinação cultural e como um dos eixos de debate sobre a brasilidade. Muito embora o debate sobre o Brasil mestiço fosse mais amplo no que diz respeito à discussão da homogeneidade mestiça do Brasil o samba sintetiza a essa conceitualização. Pois a partir dos anos 20 muitos sambas compostos por mestiços como Paulo da Portela, Cartola, Carlos Cachaça e Armando Marçal, foram gravados e se tornaram sucessos nas vozes de cantores brancos como Francisco Alves, Mário Reis, Carmem Miranda, Araci de Almeida e outros. Podendo entender as relações dos compositores e cantores, esses últimos como verdadeiros mediadores transculturais, que faziam o transito entre os subúrbios pobres e a sociedade burguesa e principalmente com a imprensa. Como se não bastasse essa articulação cultural a participação ativa de intelectuais junto a sambistas promoveram através de alguns mecenas contatos internacionais e nacionais garantindo uma composição cultural muito interessante ao samba. É o caso especifico da temporada de 1922 dos Oito Batutas em Paris quando se disse que a Europa se curvara a música mestiça e popular do Brasil, mostrando que o sucesso do samba estava diretamente relacionado com o seu caráter essencialmente mestiço, fosse ele da ordem da composição, da interpretação e principalmente da sua divulgação como musica nacional. Esse gênero musical brasileiro e hibrido contou para sua consolidação com a convergência dos intelectuais com vários grupos sociais do Brasil. Essa convergência muito embora soasse com certo ineditismo já fora verificado alguns séculos antes como bem observa o escritor José Ramos Tinhorão ao narrar à relação do samba africano com os colonos portugueses dos séculos XVII e XVIII.
“A referencia a um samba “d’almocreves”[2] revela-se perfeita para o caso, por que se a simples referencia ao samba já comportava a idéia de contaminação com a musica julgada selvagem dos
batuques de negros, a preferência dos brancos por tal tipo de som só podia explicar-se em gente muito baixa – e os almocreves lidavam com mulas.”[3]
Essa passagem do livro de Tinhorão é de uma alta relevância para o entendimento da construção do samba como elemento de identidade mestiça do Brasil, ora a conjugação de elementos negros, brancos e índios não se deram apenas com os grandes encontros do inicio do século XX, ela já vinha sendo construída mesmo que gradativamente desde os primeiros encontros dos tambores africanos com as vozes dos criadores de mulas portugueses.
As evidencias que o samba é, e foi um elemento fundamental para a construção da chamada identidade cultural mestiça do brasileiro atravessa os tempos, a partir do samba podemos vivenciar encontros inusitados de intelectuais burgueses e mestiços pobres, tambores e chocalhos africanos com trompetes europeus e sobre tudo uma confluência de varias camadas da sociedade em volta de uma mesa e de um violão. Ratificados por Gilberto Freyre, Casa Grande e Senzala, a mestiçagem cultural encontra no samba um dos seus maiores retratos na conjugação de seu ritimo, no balanço de sua dança bem como no encontro das pessoas. Encontro esse narrado como vetor contextual neste artigo, “noitada de violão” no inicio do século XX, foi e é repetido muitas vezes e por milhares de rodas de samba pelo Brasil contemporâneo, onde não causa mais estranheza o fato de eruditos, juntamente com desinformados, brancos, negros, índios e outros irmanados em um só ritimo. O samba em conjunto com outros traços culturais tem elementos que podem representar a mistura na qual está inserida a identidade brasileira, pelo samba podemos vivenciar e explicar a mistura cultural do Brasil. Podemos também afirmar que somos nós brasileiros frutos dessa melação entre o erudito e o popular, entre o rico e o pobre, o branco e o negro, que somos mestiços embalados pelos sons das Orquestras Sinfônicas, pelas guitarras do Rock and Roll, e acima de tudo pelo balanço envolvente de tantãs, repiques, surdos e cavaquinhos.

Que diabos é LUXIUOSO?

Não poderia deixar de abrir meu post sem falar sobre o que o meu parceiro Ben Hur escreveu ontem, primeiro de tudo mostrou que mesmo sem nos falar ficou claro que estamos em sintonia, faço de suas "digitadas" as minhas, e isso dá uma ideia de que será um blog de sucesso, pelo menos dentro do que pretendemos, não queremos ser a Zero Hora, o número de leitores não interessa.
Segunda-feira agora, eu e Ben Hur decidimos que faríamos esse blog, na mesma hora perguntei que nome e tal e ficou a ideia de homenagear um "mito" do curso de história do IPA usando um de seus inúmeros bordões, "veuga", um dia com mais calma e detalhe eu ou o Ben Hur escreveremos sobre esse mito, mas continuando aqui, quando estava criando o blog notei que não ficou legal e passei a procurar um outro nome, mas todos que vinha eram lamentáveis, mas até que uma hora lembrei de um outro bordão, de um dos caras que foi mais "foda" do curso, já se formou e deixou essa ilustre expressão na qual me apropriei para nomear essa birosca, LUXIUOSO. Engraçado que quando falo disso para as pessoas que estão fora de contexto, e que não sabem do que to falando, pareço um idiota e dou risada sozinho, ou quando ponho no MSN algo com luxiuoso o pessoal fica achando que sou retardado, até posso ser idiota e retardado, mas isso do luxiuoso tem fundamento. Para quem não sabe a origem dessa expressão foi feita num trabalho durante a semana academica de 2007 (se não estou enganado) do curso de história lá no IPA, o até então aluno (que nunca lembro o nome) apresentava seu trabalho e larga algo do tipo sobre "as luxiuosas moradias da Restinga" logo depois, "bairro luxiuoso" e coisas do tipo que agora não lembro exatamente, mas pronto, foi o motivo pra alegrar a plateia (pelo menos nós) durante a tal apresentação, nada contra o que ele dizia até porque vindo de um mito nada pode ser contestado, mas sim a maneira engraçada na qual o rapaz exepressava o "luxiuoso", a partir daí esse aluno ficou conhecido como o "luxiuoso". Nada mais justo prestar essa homenagem a esse historiador ilustre e de certa forma caricato, entre os grandes mitos da história "Ipense" o luxiuoso esta entre eles, assim como tantos outros que quem sabe em postagens a seguir possam ser homenageados. Acho que o nome não podia ter sido outro, luxiuoso.

terça-feira, 17 de março de 2009

Amigo

É com uma felicidade quase juvenil que começo a escrever neste espaço, e nada mais justo que dedicar esta primeira escrita aos amigos e em especial ao amigo André Bugallo, com que dividirei este espaço. Falar do pequeno como carinhosamente o chamo é facil, ele é destes caras que todo mundo deveria ter ao lado, pois é leal, esperto, inteligente, alegre e acima de tudo um cara com muita personalidade. Minha amizade com o pequeno nasceu aos poucos, colegas desde o inicio do curso de história,ao qual pertenciamos a "facções" diferentes, mas nada que impossibilitasse a nossa aproximação com tempo. Embora a distancia nutriamos algumas paixões em comum como: a Vida, a História e o COLORADO, dai pra frente ficou facil foi so tocar a vida. Em 2009 prestes a tornar-nos historiadores elegemos este espaço para o desabafo comum de nossas inquietações ou de nossas alegrias sejam elas intelectuais, afetivas, mundanas e porque não futebolisticas.
Falei do pequeno mas sem esquecer do Professor Éder um dos grandes responsaveis pela abertura de algumas portas da mente a muito chaveadas, Ahhh o Éder se autodenomina out sider, do lado de fora, nada, reune todas as qualidades que um grande amigo tem que ter, assim como o pequeno é baixinho e valente, talvez a figura mais erudita em que cruzei na minha vida, mas entendam essa erudição não tem nada a ver com aqueles papos que rolavam na decáda de 1980 lá pelas bandas da Oswaldo Aranha e talvez rolem até hoje por alguns bares da cidade baixa o tal papo cabeça. O Éder é fodão no estrito senso da palavra no que diz respeito ao conhecimento, sujeito de milhares de paginas lidas, com transito na filosofia, na musica, nas artes, no conhecimento social e no futebol, muito embora seja gemista, mas confesso que esse sujeito tem muito mais a ver com o colorado do que com o gremio, tudo bem acidente de percursso na vida do amigo, poderia escrever diversas laudas sobre os dois novos e grandes amigos que a vida me deu a oportunidade de privar da companhia, mas será notorio que com o andar da carruagem, ou seja com o digitar do teclado "qwert" do meu pc nossas vidas se entrelaçaram em muitos momentos, sejam de alegrias ou de tristezas...
Por falar em tristeza como não lembrar de Hector sujeito especial, diferente quase um querubim querendo parecer um demonio, digo isso pois tive a oportunidade de privar de sua amizade nos dois ultimos anos da sua vida, então passei a entender que atras daquelas calças apertadas, daquela velha pulseira de metaleiro, das tatuagens mal acabadas existia um grande amigo leal, afetuoso, inteligente entre tantas qualidades que dariam algumas paginas por aqui. Não tinha como falar de amigos ou melhor novos grandes amigos sem falar do "menino do Egito" um dos ultimos apelidos que o cinquentão ganhou antes da sua partida, digo partida pois tenho a certeza absoluta que ele está como gostaria: olhando pra baixo divertindo-se com a cara da rapaziada, provalmente procurando a Janis e o Jimi Hendrix, não para pedir autografos (risos) mas sim para trocar uma ideia, e te falo mais o cara é capaz de dar nó nessa dupla de malucos... Saudades Irmão..
É maluca essa história de escrever, teria mais alguns amigos pra citar como o "Fofinho" esse merece um capitulo só pra ele, que figura, meu entedeado Guilherme, Marcos, Rafa, Fabiola, Camila, ahhhh e o Lucão o cara que matou Deus entre outras coisas, essa é a minha facção como algumas pessoas pelo curso de historia costumam dizer, mas eu prefiro acreditar que são meus amigos e que compomos um grupo interdisciplinar e inteligente sobre varios aspectos e é claro as vezes incompreendidos, pois se algumas pessoas não entenderam ratifico aqui, estamos lá unidos para curtir, apreender e sobre tudo rir e rir muito da vida sem grandes grilos, conspirações, joguetes, intrigas , somos assim quando não gostamos rimos e quando gostamos também rimos o Hector que o diga... Mas aprendi a muito que a vida é assim competitiva, invejosa e lotada de gente mediocre, pra esse tipo de pessoas descobri o remedio a "Leitura" e se não adiantar como diz o Lucão: na area dele uma "bala" custa R$0,50 (risos brincadeirinha) e o suicidio é um dever.Aviso aos pseudos intelectuais a gente vem ai, com força e cheio de maldades no coração, então sem esse papinho de que um amigo meu leu, de que eu li não sei aonde e não me lembro o nome do autor, com discursos elaborados plagiados de algum escritor de algum jornal de grande circulação, com palvras de efeito capazes de formar uma cartela de bingo, quer confusão intelectual venha forte, pois adoramos uma boa briga do campo das ideias eu disse ideias, não conversinha de livro didatico... Sou assim mesmo arrogante, patife, maluco, ironico mas acima de de tudo: " Apoiado por mais de 50 mil manos".