domingo, 31 de janeiro de 2010

Sobre a Nova História Cultural, o Boteco e a Cultura Pop

Procurando pelos arquivos do blog, me deparei com a constatação que não há nenhum artigo definindo o que de fato é ser luxiuoso.
Aproveitando dessa brecha, e com uma certa dose de audácia, me lanço na jornada de enfim ilustrar o termo.
Mas antes de finalmente caracterizar o que é ser luxiuoso, permitam-me apresentar uma palavra que talvez alguns de vocês não estejam familiarizados: " Jornalismo Gonzo".
O termo "gonzo" é uma gíria irlandesa do sul de Boston e serve pra denominar o último homem em pé após uma bebedeira.
No jornalismo o termo foi criado por Bill Cardozo (jornalista de Boston), para caracterizar um artigo escrito pelo, também jornalista, Hunter S. Thompson.
Alguns não consideram essa espécie de jornalismo como válida, pois a narrativa é totalmente parcial, não objetiva, misturando o narrador com a ação e não tratando com seriedade a notícia, em suma, é uma narrativa que joga fora todas as regras e convenções do jornalismo.
Mas o que isso tem em comum com os luxiuosos? A grosso modo, posso dizer, nós somos o "lado gonzo" da história.
A principal intersecção entre os luxiuosos e a narrativa de Hunter S. Thompson, talvez não seja uma característica em si, mas sim a mesma transgressão "as regras historiográficas", nossa discussão e objetos de estudo, transcedem a academia e os documentos oficiais. Ela tá na mesa do bar, no estádio de futebol.
Simplificando novamente o conceito, pegamos a nova história cultural,levamos pro boteco e a turbinamos com citações provenientes da cultura pop.
Não sentimos vergonha (pelo contrário, é motivo de orgulho), em fazer do bar nosso "ambiente acadêmico".
Futebol, BBB, ou qualquer outro assunto mais popularesco tem a mesma importância que qualquer documento proveniente da academia. Homer Simpson (que já foi artigo desse blog), Charles Bukowsky (que em um futuro próximo também será assunto nesse espaço virtual) e Keith Jenkins são dignos da mesma credibilidade.
Mas ser de fato luxiuoso, não diz respeito somente a um discurso intelectual, é mais que isso, chega quase a ser um estilo de vida. Ser luxiuoso está presente no dia-a-dia, é numa caminhada pela Rua da Praia (sem ser muito explícito, ver os posts anteriores), no domingo de sol no Olímpico (ou no Beira-Rio), é explicar a Guerra Fria a partir do Rocky 4.
Espero que com esse breve texto, elucidar o que de fato faz de nós luxiuosos e resumir o espírito desse blog.
Um espírito que não precisa de uma linguagem rebuscada ou um embasamento acadêmico ao lançar uma teoria. O mesmo espírito que vê na cultura popular e nos fenômenos de massa, um extenso leque de fontes historiográficas e objetos de estudo.
Não pretendemos impressionar ninguém com um linguajar complicado e informações de difícil acesso, sinceramente, estamos mais interessados na cerveja gelada e nas meninas da mesa ali do lado.
Por ora era isso...




E pra quem se interessou pelo "jornalismo gonzo", fica uma dica de filme: Medo e delírio em Las Vegas, que é a adaptação da mais famosa obra de Hunter S. Thompson.





Lucas

sábado, 30 de janeiro de 2010

Olha o carnaval chegando ai geeeeente



Já que o carnaval tá chegando, vai a dica de uma trilha muito propícia a data. Em tempos de globalização e internet 2.0, nada como um grupo de pagode japonês com letras em português do Google Translator para ilustrar esse fenômeno. Isso sim é luxiouso.