terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Já vai tarde 2010

E não é que 2010 chegou ao fim? Época do ano onde todo mundo corre pras lojas do shopping, que os punks ouvem Papai Noel Filho da Puta do Garotos Podres (mas esperneam se não ganham um Ipod), especial do Roberto Carlos na televisão, limbo futebolístico e um calor subsaariano (pelo menos na província).
Tal qual Sérgio Chapelin, estou aqui pra comentar alguns fatos desse ano tão curioso que foi 2010, um ano atípico, pra não dizer bizarro.
No Brasil, um ano com BBB, Copa do Mundo e Eleição Presidencial é praticamente um Carnaval o ano inteiro, senão isso, ao menos temos assunto para as mesas de boteco durante o ano todo.
O ano foi marcado por comoções mundiais, logo no início do ano um terremoto de proporções homéricas atingiu o Haiti e dizimou o pouco que ainda sobrava do já castigado país (Nota para a manchete de um popular jornaleco bairrista aqui do sul: "Gaúchos morrem no Haiti", nada como ser o centro do Universo), tivemos também o drama dos 33 mineiros (34 se considerarmos o Atlético) que ficaram presos em um buraco por 3 meses, mas dessa, felizmente, todos (inclusive o Atlético) saíram.
Tivemos algumas perdas importantes esse ano, dentre elas, do escritor português e prêmio Nobel, José Saramago, outra perda bastante notável, foi a perda da seriedade no processo eleitoral brasileiro.
Nós, que orgulhosamente, já elegemos Macaco Tião e Cacareco "O Rinoceronte", perdemos todo nosso crédito ao elegermos Romário, Acelino "Popó" Freitas, Stepan Necessyan e o mais emblemático deles, o palhaço "Tiririca".
Me atenho ao conceito cedido pela UNICEF para ao termo analfabeto quando digo TIRIRICA É ANALFABETO, sinto vergonha de ser representado por ele na Câmara dos Deputados (eu sei, ele foi eleito representante de São Paulo, mas estamos todos no mesmo barco, diferente do que fala a Zero Hora), o pessoal confundiu protesto com burrice.
Outro ponto negativo desse processo foi a campanha, digna das campanhas americanas dos anos 90 atingimos o mais baixo nível, com acusações pessoais de dois candidatos que no geral eram mais parecidos que diferentes entre si.
Falando na eleição presidencial, elegemos a primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Roussef, provável mulher mais poderosa do mundo (se rala Hillary Clinton, Angela Merkel e Cristina "La Rainha Del Botox" Kirchner), não acho que teríamos grandes mudanças elegendo o Sr. Burns, mas entendo que ficaria difiícil coordenar a Usina de Springfield e o Brasil ao mesmo tempo.
Mas já que foi ano de Copa do Mundo, não posso esquecer o futebol, ano de surpresas, nosso anão zangado (Dunga), ficou devendo na Copa do Mundo, mas num mapa geográfico da América do Sul pós-Campeonato Mundial, ainda bateríamos nossos hermanos da terra de Carlos Gardel, se bem que, para alegria de Eduardo Galeano, tomaríamos uma surra dos nosso amigos "Dulce de Leche".
Seguindo no tópico futebolístico e fechando o ano com chave do ouro, tivemos outro fato inédito no futebol mundial (ah, parece que a Espanha foi campeã mundial), tivemos pela primeira vez na história do esporte um time de futebol proveniente do continente africano jogando a final do Campeonato Mundial Interclubes, fato protagonizado pelo glorioso Mazembe do Congo.
Para encerrar essa retrospectiva falha, parcial e curta, deixo vocês com um pouco da alegria desse time africano que encantou o mundo na última semana.
E que venha 2011, sem tanta bizarrice, mas venha.






Boas Festas pra todo mundo

Lucas