quarta-feira, 6 de março de 2013

Educação: Ponha na lista, falta profissionalismo também!


Termina o carnaval e só aí que o ano começa de verdade, pelo menos é o que todos dizem. Em parte essa fala é verdadeira, pois o ano letivo das escolas públicas do RS retomou suas atividades no dia 27 de fevereiro, nós professores, um pouco antes no dia 25. Você que é pai, aluno, professor ou simplesmente faz parte da comunidade escolar deve pensar: Com dois meses de “férias” deve ter tido tempo de sobra para as escolas se organizarem e começar o ano com tudo ajustado. Tempo teve, e de sobra. Porém entre tantas mazelas que atingem a educação pública (principalmente do RS), que já estamos carecas de saber, mas que é sempre bom frisar, como salário abaixo do que a lei determina pra professores e funcionários, falta de investimento em infra-estrutura (inclusive física), falta de professores, profissionais desmotivados... Enfim, a lista é enorme, e após quase 1 ano e 5 meses na função constatei de vez algo que já pensava. Existe outro problema, que talvez não seja o maior de todos, mas também é determinante para essa realidade. A falta de profissionalismo, que pior do que de alguns educadores, vem das direções de algumas (talvez todas) escolas. Vamos entender o porquê disso.
O quadro de professores das escolas teve que sofrer alterações com a chegada dos nomeados do último concurso, até aí tudo bem, é correto, justo e inevitável. O problema todo está no critério para as trocas. Na verdade nem sei se existe algo legal sobre isso, mas desde que cheguei às escolas que trabalho (ou trabalhava), ouvi das equipes diretivas que o ÚLTIMO profissional contratado é quem deveria ceder o lugar ao profissional que chegasse nomeado. Concordando ou não, a regra era essa. Sim, ERA. Por que agora que teve necessidade de fato de mexer no quadro de professores, o que se vê são diretores mexendo como bem entendem, conforme suas conveniências e principalmente de forma política, quase que fazendo terrorismo com os profissionais. Ou seja, o que é feito é a acomodação dos “apadrinhados” por outros interesses que nada tem a ver com a tal regra de tempo de casa, muito menos o lado pedagógico, com a qualidade e comprometimento do profissional ou coisa do tipo. É uma questão pessoal e principalmente política. Resumindo, a escola que seu filho está, ou que você mesmo está, a situação é a seguinte: O professor chega na segunda feira e descobre que sua carga horária reduziu pela metade (seu salário também), que muitas vezes essa redução não cumpriu algumas “regras”, muitas vezes o profissional não sabe nem se continuará empregado. Tudo isso de uma forma abrupta e sem uma definição concreta sobre a situação e o futuro do professor, se terá possibilidade de ampliar a carga horária, se vai pra outra escola, qual disciplina vai ministras suas aulas, muito menos séries e turmas. Dois dias após isso tudo, chegam os alunos, sem saber quem são seus professores, sem horário definido, algumas salas em obras e muitas vezes sem professor de alguma disciplina. Mas acima de tudo um professor que não sabe o que vai acontecer com sua vida, sem dormir de preocupação e principalmente desmotivado e indignado com a forma que isso tudo é conduzido. Tudo isso pela falta de profissionalismo que a área da educação é conduzida, muitas vezes parece que a escola e a extensão do pátio de casa para alguns, mas não é. Prepare-se, seu filho vai voltar pra casa no meio da manhã alegando que foi liberado mais cedo porque o professor não compareceu e pode chegar ao fim do ano com uma série de problemas nos estudos. Porque não se pôs em prática a tal regra (que acho absurda), muito menos se valorizou o bom profissional. Professores faltosos, enrolões e muitas vezes incompetentes estarão em sala de aula, porque a direção da escola quis, porque é do mesmo partido político ou simplesmente por ser uma pessoa que não incomoda (leia-se:questiona).
Levo comigo o seguinte, só posso exigir meu direito se tiver com minhas obrigações em dia. E a nossa classe está longe de estar em dia com suas obrigações, talvez mais longe do que o governo em relação a investimentos na área, inclusive na remuneração dos professores. Não sou conivente com isso, mas tenho vergonha de infelizmente estar dentro disso tudo.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Fenômeno literário feminino


Não precisa ler ou ter lido o livro para entender a postagem. Não concordo com tudo no vídeo, mas nem tudo que ele fala é bobagem. Dá até pra dar umas risadas.