terça-feira, 29 de setembro de 2009

Eu quero ser o Homer Simpson

Hoje tive vontade de vir aqui no Luxiuoso para falar de um ídolo, Homer Simpson. O personagem patriarca da série de TV que a mais tempo está no ar e, se não me engano a mais longa da história com 20 temporadas, Os Simpsons. Homer é um ser muito peculiar, até porque não é sua pele amarela que chama a atenção e sim, seu jeito completamente insano de ser. Eu to me esforçando para ser parecido com ele em alguns aspectos e concluo que tenho alguns êxitos, entre eles, o porte físico, pois meu barrigão está a caminho, lá pelos 40 anos ficará parecido, curto uma cerveja que nem ele e, meus melhores amigos são uns bêbados, incomodo minha mulher como ele incomoda a Marge e não levo meu trabalho nada a sério.
Meu ídolo se envolve em histórias que só desenho animado pode proporcionar, ele já foi motoqueiro, roqueiro, gângster e atração bizarra de shows de rock, mas provavelmente em todas oportunidades ele estava bêbado. Acho brilhante esse personagem, pois varia entre engraçado, sarcastico, inconsequente, burro, ironico, desengonçado etc... Mas vejo no Homer uma crítica (e na série em si) a sociedade, principalmente a americana, pois ele vive lidando com casos estereotipados de personalidade e comportamento, de modo que fique engraçado é claro, de vez em quando pra variar alguém da família, ou a famíla toda dá umas cutucadas em algumas coisas não americanas, e consequentemente rola toda  uma polêmica, assim como quando citaram nossa  querida pátria, o Brasil. Cada episódio fazem do personagem um cara ao mesmo tempo sem carater, mais também inocente por isso, tudo por causa do seu jeito na qual essas 20 temporadas já fizeram o espectador levar numa boa suas loucuras. Particularmente gostaria muito de ser parecido com o Homer, porque se tem algo que ele faz melhor que ninguém é viver a vida.
A partir das minha próximas blogadas, sempre encerrarei com uma das ilustres frases sábias de Homer Simpson. Ele é muito mais que um poeta, vai muito além de um filósofo ou um cara letrado, é um homem da vida, Homer é um cara que frequenta bar.

"Você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas há algo que jamais poderá comprar: um dinossauro."

Homer Simpson.



Um abraço a todos
André Bugallo

sábado, 26 de setembro de 2009

Fotos da participação Luxiuosa na Semana Academica de História do IPA

Agradecimento especial para a Paulinha, nossa fotografa oficial.

GOSTARIA TAMBÉM DE MANDAR UM SALVE PELA PRESENÇA DOS COLEGAS E PRINCIPALMENTE AOS LUXIUOSOS NO EVENTO, PARABÉNS A TODOS PELAS APRESENTAÇÕES.
>>>>CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIAR<<<<<<<<





 

AGRADECIMENTO LUXIUOSO PELAS FOTOS  DA CAMILA



 
 
 
 
 
 




quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Inter: Reinventando a tradição

Hoje tinha decidido desde cedo que não iria a aula, pois aproveitaria a noite para pôr nos eixos algumas leituras e trabalhos que estão em dia ainda, mas que me dedicando a eles me aliviaria nos próximos dias. Infelizmente aqui no meu bairro ficamos sem luz desde as 18 horas, acabei tendo todo meu planejamento perdido. Na busca de um "plano B" rumei ao estádio Gigante da Beira-Rio, onde aconteceria a estreia do colorado na Copa Sul-Americana diante da Universidad del Chile, o relógio já marcava mais de 20 horas quando decidi ir ao jogo e a luz  nem sinal de vida tinha dado. Noite fria e chuvosa, encorajaram somente 6 mil "heróis" a sairem de casa para presenciar a "estréia" da camisa dourada do Internacional.
Na terça feira havia sido divulgado que o colorado não jogaria com seu tradicional uniforme, nem com o segundo, mas sim com o terceiro. Esse uniforme consiste na camiseta dourada, calção e meias vermelhas. Alguns torcedores criticaram a ideia, baseando-se no fato que esse uniforme não representa o clube, que a camisa é feia e que foge a tradição. Lendo e ouvindo comentários por aí tinha-se impressão que não seria o Internacional que ia entrar  em campo hoje, pois os revoltosos mais radicais diziam que não compareceriam ao estádio somente por esse motivo, o da tal camiseta.

Vale lembrar a esses colorados tão tradicionais, que os uniformes do clube nem sempre foram nos moldes dos atuais, o primeiro uniforme era com listras verticais em branco e vermelho, calções brancos e meias pretas. Nos anos seguintes é que a camisa se tornou toda vermelha e, num primeiro momento com meias pretas, mais adiante com meias cinzas, para enfim se tornarem brancas nos anos 60 (careço de fontes em relação aos períodos). Ao mesmo tempo que se modificou os uniformes antigos ,será que houveram tanto blá blá blá quanto hoje? Em outros lugares do mundo é comum se ter um uniforme alternativo que fuja das cores tradicionais e, nem por isso os clubes fogem sua tradição ou origens, exemplo disso é o Barcelona, mesmo tendo uniforme reserva laranja, quem conhece um pouco futebol sabe que suas cores tradicionais são o azul e grená. Tenho notado ultimamente que é bem comum encontrar torcedores vestidos com camisa de goleiro, de treino ou passeio, que  a principal característica é de ser do clube, mas na maioria das vezes de cor diferente da "tradicional".
Particularmente acho ótima  a ideia, não sou radical ao extremo em relação a isso, para mim o uniforme titular é vermelho, o reserva é branco e o terceiro poderia ficar livre, exceto o azul obviamente. Hoje no Beira-Rio pode ter sido o ponta-pé inicial para uma reinvenção da tradição, hoje pode ter sido o marco de uma nova visão sobre o assunto e pode se tornar o dia em que vire tradicional o uniforme dourado ou de cor livre a cada ano. Só faço uma  ressalva, acho  que o patrocinador não tem que decidir com que uniforme o time  entra  em campo  como supostamente teria acontecido nesse ultimo jogo, a tradição mesmo que inventada, com diz nosso amigo Hobsbawn, acho que tem que ser o mais natural possível.
Sobre esse novo uniforme ele tem uma grande chance de ser aceito, se o time for bem com ele, se continuar do jeito que foi hoje, não vai longe, nem o time na Sul-Americana e nem o uniforme no gosto do torcedor.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ranking do rebaixamento

Sexta-feira, semana corrida que vai terminando para a maioria, não para os Luxiuosos que terão aula de estágio amanhã pela manhã, após isso estaremos liberados para comemorar fervorosamente o "20 de setembro" e revivermos os princpipios gaudérios e farroupilhas, Viva a revolução!. O ritmo da blogada de hoje é justamente esse, de descontração. E já que estamos próximos a uma data tipicamente gaudéria, quero aproveitar para comentar uma matéria no globo.com, sobre dois filhos protagonistas dessa terra, ou pátria como preferem os mais fervorosos. A matéria mostra um dado estatisitco em relação ao Campeonato Brasileiro, na "era dos pontos corridos" (a partir de 2003), trata-se de um levantamento que mostra quantas rodadas cada clube terminou na zona de rebaixamento da principal liga do país. Como em qualquer discussão de futebol que se preze sempre temos que exaltar os feitos do clube que torcemos (no meu caso Inter), e criticarmos os feitos do rival e até desmerecemos de vez em sempre, mas não farei isso hoje, portanto se existe algum leitor gremista, pode ficar tranquilo serei "imparcial" e usarei somente os números.
Segundo o tal levantamento, o clube que passou mais rodadas na zona de rebaixamento é o Paysandu, de Belém, dormindo 58 vezes entre os desesperados, o Mengão vem logo atrás com 57, e neste quesito a hegemonia é carioca mesmo, pois Botafogo e Fluminense seguem em 3º e 4º, com 53 e 51 vezes na zona da morte respectivamente. A lista conta com 35 clubes e o que menos vezes ficou na zona de rebaixamento chega a ser uma surpresa, o Criciuma que hoje está na terceira divisão, ficou apenas 2 vezes entre os rebaixados, mas o azar é que foi justamente na rodada derradeira, ali mudou seu futuro, decidiu sua queda livre da primeira para a terceira divisão. A lista não contempla o estreante do ano no campeonato o Barueri, que pelo que eu lembre acho que ainda não frequentou a zona ruim. Agora falando do que interessa de verdade, o Grêmio dormiu entre os rebaixados exatamente 48 vezes, figura como o sexto time que mais deu dor de cabeça ao seu torcedor, o colorado por sua vez ficou entre os rebaixados apenas 6 rodadas, como o 32º time do tal ranking, que quanto mais longe do 1º lugar melhor, apenas Cruzeiro, Santo André (3 vezes) e o já citado Criciuma incomodaram menos seus torcedores que o Internacional, lembro que o Santo André hoje se encontra na terrivel zona e deve até o fim do campeonato cair e "superar" o Internacional.
Essa pesquisa tem algo bem revelador, primeiro é de que o rebaixamento é a cara do Grêmio (expressão que eles adoram), segundo, e mais importante é sobre o Flamengo, mesmo passando 57 rodadas na zona do rebaixamento (o que equivale hoje a um campeonato todo e mais um turno quase) na hora decisiva ele nunca figura entre os degolados, os "flamengueiros" devem creditar isso a mistica da camisa, ao amor da sua torcida ou aos times competitivos e maravilhosos montados nos ultimos anos. Eu  particularmente não concordo, vejo isso de maneira diferente, e para ser mais direto, arranjada. Não to dizendo que o Flamengo rouba, a CBF também, até poderia ser isso e ficaria mais simples, mas o que me intriga é que como o clube tem disparadamente a maior torcida do Brasil, é muito provavel que arbitros, assistentes e seja lá quem tenha alguma tipo de comando no rumo do campeonato não vai deixar o time cair sem fazer nada, ainda mais num país honestissimo como o nosso, onde tudo funciona perfeitamente. Curioso esses dados e interessantes para refletirmos sobre a realidade dos clubes, principalemnte os "grandes", de maneira indireta explica o sucesso de alguns nos ultimos anos e as lambanças que se vê com outros, e até a volta por cima que é feita a partir de um grande fracasso.
O mais emblemático é que isso vai junto com o que penso sobre os pontos corridos, é ótimo, premia o time mais regular, o melhor time e é uma formula mais justa, mas é uma fórmula muito mais fácil de se manipular e fazer o interesse de alguns. Pois o Flamengo pediu tanto quanto, Grêmio,  Paysandu, Botafogo, Fluminense e Atlético MG para cair, veja o histórico e qual deles já jogaram a segundona nesses novos tempos do futebol brasileiro?

Lista completa: (Clique na imagem para ampliar)


sábado, 12 de setembro de 2009

Salve, Antônio Candeia que foi meu professor...


Sábado chuvoso, meio gripado com aquela sensação de dormência no corpo inteiro, por estar com o corpo debilitado não compareci ao IPA para ter com o meu orientador Ramiro Bica( Grande Figura) e nem assistir a aula de estágio III com a professora Claudira, com muita lastima, mas minha saúde não permitiu o incurso e o deleite de ter com os professores e colegas luxiuosos. Já que a minha saúde não me permitiu tal aventura, resolvi me aventurar em algo que adoro, que é ouvir sambas do século passado e ouvindo algumas preciosidades me dei conta que nunca escrevi neste espaço sobre meus ídolos, então resolvi nesta blogada apresentar um deles Antonio Candeia Filho.
Antônio Candeia Filho, 17/8/35 - 16/11/78. Filho de sambista, o menino Candeia até poderia guardar mágoa do samba. Em seus aniversários, ele contava com certa tristeza, não havia bolo, velinha, essas coisas de criança. A festa era mesmo com feijoada, limão e muito partido-alto. Nascido em casa de bamba, o garoto já freqüentava as rodas onde conheceria Zé com Fome, Luperce Miranda, Claudionor Cruz e outros. Com o tempo, aprendeu violão e cavaquinho, começou a jogar capoeira e a freqüentar terreiros de candomblé. Estava se forjando ali o líder que mais tarde seria um dos maiores defensores da cultura afro-brasileira. No início dos anos 60, dirigiu o conjunto Mensageiro do Samba.
Em 61, entrou para a polícia. Tinha fama de truculento e suas atitudes começaram a causar ressentimentos entre seus antigos companheiros. Provavelmente, não imaginava que começava a se abrir caminho para a tragédia que mudaria sua vida. Diz-se que, ao esbofetear uma prostituta, ela rogou-lhe uma praga; na noite seguinte, ao sair atirando do carro num acidente de trânsito, levou um tiro na espinha que paralisou para sempre suas pernas. O couro voltou a comer nos pagodes do fundo de quintal de Candeia que comandava tudo de seu trono de rei, a cadeira que nunca mais abandonaria. No curto reinado que lhe restava, dono de uma personalidade rica e forte, Candeia foi líder carismático, afinado com as amarguras e aspirações de seu povo. Fiel à sua vocação de sambista, cantou sua luta em músicas como Dia de Graça e Minha Gente do Morro. Coerente com seus ideais, em dezembro de 75 fundou a Escola de Samba Quilombo, que deveria carregar a bandeira do samba autêntico. O documento que delineava os objetivos de sua nova escola dizia: Escola de Samba é povo na sua manifestação mais autêntica! Quando o samba se submete as influências externas, a escola de samba deixa de representar a cultura de nosso povo. No mesmo ano de 75, Candeia compunha seu impressionante Testamento de Partideiro, onde dizia: Quem rezar por mim que o faça sambando.
Espero que com esse pequeno texto tenha apresentado minimamente um dos meus ídolos, um verdadeiro bamba do samba responsável pela minha predileção no gênero musical e também por me incentivar a pesquisa sobre o tema como historiador.

Créditos: É importante salientar que as informações obtidas neste texto se encontram no site : http://www.samba-choro.com.br/s-c/candeia.html , de responsabilidade de CHICO AGUIAR.

Candeia – Discografia


Mensageiros do Samba (1964) Gravadora Philips LP


Candeia (1970) Gravadora Equipe LP


Raiz (1971) Gravadora Equipe LP


Samba de roda (1975) Tapecar LP


Partido em 5 volume 1 (1975) Tapecar LP


Partido em 5 volume 2 (1975) Tapecar LP


Luz da inspiração (1977) Atlantic/WEA LP


Partido em 5 volume 3 (1977) Tapecar LP


Quatro grandes do samba (c/ Elton Medeiros, Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho) (1977) RCA Victor LP


Axé! Gente amiga do samba (1978) Atlantic/WEA LP


Candeia e Elton Medeiros. Coleção Nova História da Música Popular Brasileira (1978) Abril Cultural EP


Candeia (1988) Funarte LP


Mestre da MPB - Candeia (1993) Warner Music CD


Candeia, Aniceto do Império, Mestre Marçal e Velha-Guarda da Portela (1997) Funarte/Atração Fonográfica CD


Raiz - Filosofia do samba (1997) Copacabana Discos CD


Candeia - Samba da antiga (1997) Copacabana Discos CD


Eterna chama/Candeia (1998) Perfil Musical CD



Bibliografia :

1. Candeia, Luz da Inspiração, de João Baptista M. Vargens, Editora Martins Fontes-Funarte 87.


Biografia do Candeia que traz ainda um pouco da vida do subúrbio do Rio na transição da primeira metade para a segunda metade do século XX.


2. Enciclopédia da Música Brasileira, Art Editora 77.


3. As letras e partituras das obras inéditas e gravadas de Candeia se encontram na Biblioteca da Faculdade de Letras da UFRJ à disposição dos interessados.

O folclore é hardcore*

Agora são 6:40 da manhã, estou acordado fazem duas horas já, to com febre e sintomas de uma gripe que não me deixam dormir, decidi vir para o PC passar o tempo e esperar a hora de ir pra aula, depois de uma madrugada sem chuva, neste exato momento volta bater água. 
Mesmo que o primeiro motivo de eu vir aqui seja para fazer o tempo passar, quero falar sobre um assunto que já faz algum tempo que adio e não abordo. Os luxiuosos são parte de uma turma de formandos no curso de história, isso quer dizer que, no dia 15 de janeiro teremos mais uma turma de estudantes ingressando no mercado de trabalho, turma que possivelmente serão responsáveis pelas aulas de história, dos seus e meus filhos, sobrinhos, netos, irmãos e um grande número de crianças que terão sua formação conduzidas por nós. Até aí nada de mais, o problema é que mesmo estando em 2009, mesmo com a abordagem que hoje temos no nosso curso, mesmo com a revalorização de diversos temas e aspectos existe um "ranso"  (que me parece ser) antigo nessa "nova geração" de professores que se foramarão, isso não se restringe ao IPA, vejo que parece ser um tanto que generalizado. O "ranso" na qual me refiro é relacionado a cultura popular ou folclore, por parte desses professores, há uma dificuldade de reconhecer, ou simplesmente se despir de proconceitos e enxergar que certas manifestações culturais também podem ser classificadas como arte, cultura, representação e identidade, algo que não fique restrito a manifestações ditas eruditas apenas, ou até mesmo relacionadas a uma minoria não-popular. 
O assunto é amplo e procurarei agora desembaçar um pouco e falar mais diretamente sobre o que realmente pretendo com essa postagem. Nos ultimos 5 semestres esse assunto muitas vezes foi debatido em aula, sobre a legitimidade de expressões populares, serem ou não arte, cultura ou que simplesmente acrescente algo para a sociedade. É engraçado como existe um preconceito com as manifestações populares relacioandas a generos musicais (samba, funk e rap), arte (graffiti), eventos culturais (carnaval e futebol) e diversos outros como a diferença que se tem ao achar o São Paulo Fashion Week um máximo, mas a maneira de um favelado ou favelada se vestir ser brega ou em nossos termos "bagaceira". Mesmo temáticas populares tendo cada vez mais espaço em meios academicos, na mídia e tendo maior aceitação da sociedade, existem futuros professores de história que acham que isso não acrescenta nada, que é baboseira, lixou cultural, ou como dizem seus pais "coisa de vagabundo". Eu fico abismado em saber que ainda hoje existam pessoas supostamente esclarecidas que pensem isso. Pegunto: Por que a música clássica acrescenta algo e o samba ou funk não? Por que esportes como tênis e hipismo só ficam com a parte boa de "ser um esporte" e o futebol é o "ópio do povo" (vejam, a própria expressão revela um preconceito relacionado a uma droga)? Por que babam por uma peça de Shakespeare e tem tanto preconceito com o carnaval carioca? Um monte de ferro retorcido e um borrão de tinta numa tela é arte, mas graffiti é que é um monte rabisco que não diz nada?. Se você é um pouco mais mente aberta, deve tá achando um aburso o que escrevo e as comparações que faço, mas para alguns existe resposta para isso que se justifique. O que não é popular é erudito, o que é popular é folcore simplesmente.
Recorri ao dicionário e procurei a definição de folclore e obtive o seguinte resultado: 
FOLCLORE:  
-Ciência das tradições e usos populares. 
-Conjunto das tradições, lendas ou crenças populares de um país expressas em danças, provérbios, contos ou canções.
-Cultura popular de um povo.
Como diz o dicionário é do povo, é do senso comum, ou seja da maioria. Mesmo sendo simplista ao recorrer um dicionário já quebra toda possível interpretação gorsseira que se pode ter em relação ao folclore, pois funk faz parte da cultura, futebol e samba por exemplo representam grande parte das manifestações culturais que identificam o país no resto do mundo, quem representa melhor o Brasil lá fora, a orquestra sinfonica de São Paulo ou o samba e carnaval? Quem representa uma imagem mais positiva e mais abrangente do que gosta o brasileiro, o futebol com seus jogadores e sua seleção ou a equipe de Polo?
Isso que escrevo parece já chover no molhado para boa parte dos futuros professores, mas infelizmente para alguns não, não acho certo, mas compreendo que professores de 50 anos de carreira tenham esse "ranso", afinal já ouvi que a "Geografia é o local onde ocorrem os fatos e a história diz quando foi e como foram os fatos", mas na minha opinião é lamentável que com tudo que se veja  num curso de história e o que exite de bibliografia, gente de "sangue novo" pensar  assim. Ainda bem que o panorama está mudando e hoje se trabalha tranquilamente temas "hardcore" como futebol, samba, carnaval, funk e toda essa coisa de gente pobre.


EM TEMPO: Postei antes do mestre Chassot, que falta de sono.


*Expressão tirada da música "Instinto coletivo" da banda O Rappa.

sábado, 5 de setembro de 2009

I’m Bad Like Jesse James


Já tem muito tempo desde a minha ultima postagem, e ainda não achei explicação para a minha falta de inspiração e ou falta de capacidade para escrita, mas confesso que tenho que deleitado com as palavras de outros mais nobres luxiuosos como o André Bugallo por exemplo do que com as minhas próprias palavras.

Mas em meio a alguns turbilhões emocionais, financeiros e certa fadiga intelectual encontrei inspiração em uma audição solitária de Blues, onde simplesmente o Senhor John Lee Hooker ( O pai do Boogie e Blues) foi o responsável. Se tratando de uma lenda blues confesso pra vocês que foi inspiração divina. Nesta breve blogada pretendo apresentar minimamente John Lee Hooker para quem não conhece e para os que têm o prazer de o escuta-lo lembrar o quanto é fantástico o seu som.
John é considerado um autentico improvisador, pois dizem que atua como um compositor instantâneo , eis ai a semelhança com os luxiuosos pois certamente somos improvisadores instantâneos, diferentemente de John um virtuose nós luxiuosos somos esforçados na fronteira entre o ridículo e o genial do ponto de vista da erudição. Assim como John ao longo de sua carreira foi marcado por um som vibrante e sua musica enérgica cheia de balanço, nós luxiuosos temos também a marca indelével da rebeldia pois optamos pela simplicidade no que diz respeito ao conhecimento, optamos pela franqueza em nossos relacionamentos beirando até mesmo a antipatia, optamos pela firmeza de nossas posições fazendo fronteira com a arrogância e acima de tudo tornamo-nos originais por aceitar nossas deficiências. São essas características que nos aproximam do lendário bluesman , pois de uma forma ou de outra nos tornamos bandoleiros do conhecimento, mas sem esse papo de intelectual, de formador de opinião ou até mesmo de pseudo erudito as nossas pretensões são mais ousadas pois queremos ser pistoleiros do conhecimento levar nossas metralhadoras e Colt 45 a qualquer canto e qualquer um que esteja a fim de integrar o bando, perto de ganhar-mos o status de procurados internacionalmente gostaria de homenagear alguns bravos pistoleiros que já integraram o bando e por uma razão ou outra foram levar suas pistolas para outras paragens e ou por questões pessoais deixaram momentaneamente o bando:

Hector (Abatido com bravura em batalha)

Éder Silveira (Procurado mais famoso dos luxiuosos, preso pelo Xerife)

Lucão Goulart (Deixou o Bando para cuidar da família)

Saul Júnior (Dedica-se a indústria cinematográfica)

Ruivo (Dedica-se ao serviço de correios e telégrafos, mas é um subversivo).

Entre outros pistoleiros que foram freelancer neste bando como Serjão, Toninho, Bombeiro, Japa e a Kelly.





Obrigado a todos.



Ben Old Pistols