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segunda-feira, 11 de abril de 2011

O ídolo que não vi

Havia prometido para eu mesmo que não postaria mais aqui sobre futebol. Mas, devido ao clima pesado que ficou no blog após minha última postagem relacionada a tragédia na escola carioca (postagem que até me arrependo de ter feito, sinto que exagerei em algumas coisas e desviei um pouco do queria ter falado, mas já que foi pastado não vou apagar, deixo por conta do "calor do momento" a culpa disso), então é até bom que se fale de algo mais ameno por aqui.
Semi Final do Brasileirão, golaço de Falcão diante do Galo

Hoje o Internacional apresenta Paulo Roberto Falcão como treinador. Eu sou fã de Falcão por herança, nunca vi ele jogar e quando ele era treinador eu era muito pequeno, lembro dele, mas muito pouco e então não posso dizer que vi. Normalmente alguém se torna ídolo por aquilo que outra pessoa vê nela e admira. No meu caso Falcão é um ídolo indireto, essa que é a verdade. Mas sei de onde vem isso. Não é por ser comentarista a muito tempo, não é pelo fato de ser uma pessoa que exalta o coloradismo (a profissão não permitia). Sou fã de Falcão porque herdei isso do meu pai. Fui criado na "época ruim" do Internacional, era brabo ser colorado e seus colegas gremistas em um tempo que nada dava certo pra nós e tudo certo pra eles. Um dos motivos que me tornaram colorado e que me fizeram resistir como torcedor do time que "não ganhava", era ouvir as hitórias saudosas do Inter dos anos 70, contadas pelo meu pai. Era nos piores momentos do time, em que eu acreditava que nós nunca teríamos sucesso que meu pai contava as glórias passadas, e sempre otimista dizendo que tudo aquilo ia voltar. Todo começo de Brasileirão ao comprar o album de figurinhas ou um Guia da Placar, em que não apontava o Inter como um dos favoritos meu pai dizia "Que? Esses caras não sabem nada, esse ano o Brasileiro é nosso!!". Ele nunca acertou, mas sempre explicava sua teoria baseado no título de 79, em que um péssimo Gauchão foi o embrião do tri-campeonato nacional, conquistado de maneira invicta e tendo Falcão como protagonista. Não conseguia entrar na minha cabeça que o time que não ganhava nos anos 90, já tinha sido o time que nunca perdeu em 1979. Se sou (e muitos outros são ) colorado hoje e não me vendi pro time que ganhava, Falcão tem muita contribuição nisso, assim como Don Elias, Dadá, Manga, Escurinho e cia. Agora torço pra que sua imagem de ídolo se torne maior, quero ver ele como meu ídolo através de meus olhos também, hoje recomeça a história. 
Só quero uma ressalva, não tem nada a ver comparar Falcão ou Renato e muito menos esse papo de "imitar" com a contratação de técnicos, os argumentos de "imitar" são sempre rasos e se tiver um pouco de profundidade normalmente são infudados e caem por terra. Discutir um ídolo é bobagem, ambos são o que são para seus clubes pelo que fizeram.
Bem Vindo Bola-Bola!
Falcão chegando no Beira Rio hoje como técnico. Foto:ClicRBS

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Inter: Reinventando a tradição

Hoje tinha decidido desde cedo que não iria a aula, pois aproveitaria a noite para pôr nos eixos algumas leituras e trabalhos que estão em dia ainda, mas que me dedicando a eles me aliviaria nos próximos dias. Infelizmente aqui no meu bairro ficamos sem luz desde as 18 horas, acabei tendo todo meu planejamento perdido. Na busca de um "plano B" rumei ao estádio Gigante da Beira-Rio, onde aconteceria a estreia do colorado na Copa Sul-Americana diante da Universidad del Chile, o relógio já marcava mais de 20 horas quando decidi ir ao jogo e a luz  nem sinal de vida tinha dado. Noite fria e chuvosa, encorajaram somente 6 mil "heróis" a sairem de casa para presenciar a "estréia" da camisa dourada do Internacional.
Na terça feira havia sido divulgado que o colorado não jogaria com seu tradicional uniforme, nem com o segundo, mas sim com o terceiro. Esse uniforme consiste na camiseta dourada, calção e meias vermelhas. Alguns torcedores criticaram a ideia, baseando-se no fato que esse uniforme não representa o clube, que a camisa é feia e que foge a tradição. Lendo e ouvindo comentários por aí tinha-se impressão que não seria o Internacional que ia entrar  em campo hoje, pois os revoltosos mais radicais diziam que não compareceriam ao estádio somente por esse motivo, o da tal camiseta.

Vale lembrar a esses colorados tão tradicionais, que os uniformes do clube nem sempre foram nos moldes dos atuais, o primeiro uniforme era com listras verticais em branco e vermelho, calções brancos e meias pretas. Nos anos seguintes é que a camisa se tornou toda vermelha e, num primeiro momento com meias pretas, mais adiante com meias cinzas, para enfim se tornarem brancas nos anos 60 (careço de fontes em relação aos períodos). Ao mesmo tempo que se modificou os uniformes antigos ,será que houveram tanto blá blá blá quanto hoje? Em outros lugares do mundo é comum se ter um uniforme alternativo que fuja das cores tradicionais e, nem por isso os clubes fogem sua tradição ou origens, exemplo disso é o Barcelona, mesmo tendo uniforme reserva laranja, quem conhece um pouco futebol sabe que suas cores tradicionais são o azul e grená. Tenho notado ultimamente que é bem comum encontrar torcedores vestidos com camisa de goleiro, de treino ou passeio, que  a principal característica é de ser do clube, mas na maioria das vezes de cor diferente da "tradicional".
Particularmente acho ótima  a ideia, não sou radical ao extremo em relação a isso, para mim o uniforme titular é vermelho, o reserva é branco e o terceiro poderia ficar livre, exceto o azul obviamente. Hoje no Beira-Rio pode ter sido o ponta-pé inicial para uma reinvenção da tradição, hoje pode ter sido o marco de uma nova visão sobre o assunto e pode se tornar o dia em que vire tradicional o uniforme dourado ou de cor livre a cada ano. Só faço uma  ressalva, acho  que o patrocinador não tem que decidir com que uniforme o time  entra  em campo  como supostamente teria acontecido nesse ultimo jogo, a tradição mesmo que inventada, com diz nosso amigo Hobsbawn, acho que tem que ser o mais natural possível.
Sobre esse novo uniforme ele tem uma grande chance de ser aceito, se o time for bem com ele, se continuar do jeito que foi hoje, não vai longe, nem o time na Sul-Americana e nem o uniforme no gosto do torcedor.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Dica de Filme: Nada vai nos separar


Essa segunda feira ensolarada abre a ultima semana de agosto, aproxima-se também a chegada da primavera que consequentemente trará o calor para espantar de vez o frio desse inverno que foi rigoroso. A blogada de hoje tem o intuito de dar uma dica de filme principalmente aos colorados (já que entre os autores a maioria são torcedores do Internacional), mas também para quem gosta de assisitir um filme bem feito, com belas histórias e somente de grandes feitos. Estreou nessa sexta o filme Nada vai nos seaparar, que conta a história dos 100 anos do Sport Club Internacional. Tive a oportunidade de assistir ontem ao filme, e confesso que me emocionei em diversos trechos, não contarei aqui o filme, não anteciparei nada, só quero dizer para os colorados que não puderem ir ao cinema, compre o DVD (que será lançado em breve), alugue, peça emprestado pra quem tenha...mas não fique sem assistir. O mais gratificante pra mim foi ver ao longo da história contada no filme, que a minha história de vida parecia tá sendo contada junto, cada jogo, cada lance, remetiam na minha memória momentos pessoais do tipo, onde eu estava naquele momento, o que eu fiz, como aquilo mexeu comigo, em alguns momentos sentia até reviver aqueles dias contados na telona, o tempo todo que se falava de um jogo especial olhava pra Paula e dizia algo do tipo: "Esse jogo foi foda", "Quase morri esse dia", "Esse jogo eu tava enlouquecido" e coisas do genero. Bom fica a dica para quem quiser, Nada vai nos separar, mexe com a paixão, e de maneira muito emocionante, não percam. É luxiuoso.

Site oficial:
http://www.filmecentenario.com.br

Em exibição nos cinemas:
Unibanco Arteplex - 14:00, 16:30, 19:10 e 21:40
GNC Moinhos - 14:20, 16:50, 19:20 e 21:40

Trailer oficial - Nada vai nos separar.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Dossiê: RBS e Cia.

Estando de férias da faculdade e depois de um semestre que pra mim foi intenso, fiz a escolha de tirar esses 30 dias para descansar e me desconectar um pouco de tudo, estou procurando fazer do resto do meu dia após o trabalho, noites de lazer e sem compromissos sérios, com isso estou muito ligado ao que acontece no futebol, televisão e quando dá saio com a Paulinha para dar uma volta ou em algum evento, afinal de contas a mamata durará pouco já que o próximo semestre será o decisivo paraa formatura. A blogada de hoje pretende abordar um tema que sempre me incomdou, o tratamento da imprensa gaucha em relação ao Internacional, agora tendo mais tempo para ler sites esportivos e jornais, somado ao fato de assistir/ouvir as baboseiras que falam no rádio e na televisão - o rádio e tv é por conta do meu pai, que passa o dia ligado na Gaucha e as vezes ao mesmo tempo assistindo tv, na verdade ele nem ouve o rádio e nem vê a tv eu acho, mas ao conviver com ele se torna impossível não participar mesmo contra a minha vontade - me levou a vir aqui e falar sobre isso. Acho engraçado que no Brasileirão do ano passado a imprensa fazia uma contagem de quantas partidas o Inter não vencia fora de casa, esse ano passados 1/3 do campeonato o tricolor não venceu ainda, e agora parece começar a surgir algo em torno disso. O Grêmio quando arruma confusã oem campo é sinonimo de raça, garra e copeiro, já o colorado é desequilibrio e fiasco... ah da mesma forma que me remete a lembrar duas manchetes de jornais em 2007. O Internacional perdeu para o Vélez Sarsfield, campeão da América e tradicionalissimo na Argentina por 3x0 na libertadores, e as manchetes destacavam algo como "Fiasco colorado", pode até ter sido fiasco nem discuto o mérito do fato, mas numk espaço de tempo de 10 dias no máximo o Grêmio foi jogar contra o estreante em libertadores, Cúcuta da Colombia em um estádio que mais parece de times do interior do RS, o resultado foi 3x1 para os colombianos e esperei a manchete do dia seguinte... "Grêmio joga bem, mas perde". Olha a diferença!!! Sem contar que quando o Inter tem assunto como contratações, quando o Grêmio tá sem movimentação lá vem a Zero Hora fazer uma mega matéria sobre a "Arena do Grêmio".
Dizem existir um dossiê do Presidente do Internacional Vitório Piffero contra a RBS, falando sobre isso exatamente, procurei na internet e não encontrei. Poderia aqui trazer mais 500 casos que fazem eu ver o tratamento da imprensa da forma que vejo, mas como historiador mostrarei algumas "provas" do que falo, e se trata de uma pratica extremamente antiga da RBS que na qual "vende" os jogadores do Inter, é um por semana e algumas vezes durante momentos decisivos em véspera de jogos importantes, como finais ou Gre-Nal. Assim foi com Alex ano passado, e a um tempo atrás com Pato, Sóbis, Fernandão, Renan e outros. O caso será o atual, Nilmar.

Só algumas ressalvas:
a) Tenho esses links desde a data que foram postados nos site e alguns deles foram alterados.
b) Mais grave do que está nos sites, são as reportagens de rádio e tv, que são mais dificeis de encontrar
c)

O primeiro time que o Nilmar "já jogou": Real Zaragoza da Espanha em Agosto de 2008.
Segundo o clicrbs aqui, aqui e aqui, Nilmar estaria acertando ou já estaria acertado com o clube espanhol, a novela se arrastou por mais de 1 mês com a imprensa dizendo que ele estava negociado e o Inter negando, em reportagens no rádio e tv se dizia que as diversas partidas seguintes poderia ser a despedida do atacante.

O segundo club de Nilmar na Europa: Palermo da Itália em abril de 2009.
Muito se falou que o atacante jogaria na Itália a partir da metade do ano, outra novela se criou com a imprensa (leia-se RBS e afilhadas) afirmando que o negócio sairia e com a direção colorada negando a transação, aqui uma das reportagens que fala sobre o assunto, nesse período o Inter estava prestes a estrear no Brasileirão, mas os rumores começaram próximo ao período do Gre-Nal do dia 05/04/2009 no Beira-Rio.

Ainda pela Itália, o Nilmar já jogou pelo Napoli em junho de 2009.
Nilmar estava na seleção Brasileira, o Inter disputava a final da Copa do Brasil e a imprensa afirmava que Nilmar iria direto da Africa do Sul para a Itália, lembro que após a derrota na final muitos colorados ainda reclamaram que o atacante teria feito "corpo mole" na decisão para se preservar ao novo clube. Site do Zero Hora comenta sobre isso, aqui. Mas como em todos os casos os sites são mais amenos que as notícias veinculadas na TV ou rádio.

Segundo a imprensa, Nilmar "já jogou" no Manchester United da Inglaterra em junho de 2009 também.
Aqui, Zero Hora não divulga fonte nenhuma. Tem duas particularidades dessa vez, uma delas não é nova, pois foi nos dias próximos que o Internacional decidia a Recopa e Copa do Brasil. A outra é que lembro ter surgido uma notícia na imprensa europeia, dando conta de que o jogador Douglas Costa do Grêmio estaria nos planos do time inglês, estranhamente a RBS "vendeu" Nimar dias depois tirando o foco sobre a notícia anterior. Isso ocorreu identicamente pouco tempo antes no caso do goleiro Victor do Grêmio em relação ao Bari da Itália, ouvi sem querer a notícia em um dia, dois dias depois o Bari queria o goleiro do Inter.

Nilmar agora é do Villareal da Espanha, julho de 2009.
Pois é, 2 dias antes do ultimo Gre-Nal não se falava de outra coisa, afinal de contas Nilmar se despediria do Inter no Gre-Nal, mesmo a direção negando a negociação novamente muito de falou sobre isso. A novela não durou muito dessa vez, afinal o Grêmio ganhou o Gre-Nal e estava na hora de exaltar a bravura do Grêmio. Mas aqui está no dia 16 passado. Já ta cansando isso.

Nilmar é o cara, agora ele é do Wolfsburg da Alemanha, julho de 2009.
Se eu tivesse postado a dois dias atrás estaria desatualizado, pois terça-feira (após a exataltação tricolor por parte da imprensa) surge a notícia de que o Nilmar estaria de mala prontas para a Alemanha, o jogador defenderia o campeão nacional, Wolfsburg. Mas como sempre foram desmentidos e dessa vez não pela direção do Inter, o próprio clube alemão afirmou que não havia contratado o jogador. Nesse caso fica claro que a notícia foi alterada da original, aqui mostra um texto mais contido sobre o caso como sempre, mas olhem a legenda da foto, ah sem contar que eles sabiam até quantos anos de contrato o jogador assinaria sem assinar. Essa aqui é uma mais anterior mas vale também.

Nilmar, volta ao Villareal, pois é ainda estamos em julho d 2009.
Com a retirada da proposta do Wolfsburg, a imprensa tem que vender jornais no dia seguinte. Então novamente o Nilmar está no Villareal da Espanha, mesmo dias antes tendo anunciado que o Villareal teria desistido do jogador, como fez aqui e citando a fonte espanhola. Mas hoje tudo mudou, aqui a tarde do dia 22 de julho ele seria prioridade, e aqui, na noite do mesmo dia ele já seria jogador do clube espanhol, tendo dado até entrevista para um jornal espanhol, essa matéria era apenas uma nota, em torno das 23 horas e 44 minutos quando foi divulgada, após isso foi acrescentada mais informações e mesmo o jogador dando entrevista após o jogo desmentindo a notícia, e declaração essa foi acrscentada a matéria, o título segue distorcendo a verdade.

Bom... é verdade que o jogador pode ser vendido a qualquer momento, é claro que podem ter surgido propostas e que esteja havendo negocições, amanhã mesmo o jogador pode anunciar a saída. Mas a imprensa tem o dever de noticiar a verdade, ali acima estão diversas mentiras, notícias para vender jornais, sem responsabilidade alguma, à RBS/GLOBO/GAUCHA/ZH e Cia...dou credibilidade zero. Na verdade a muito tempo não levo em consideração o que esses veiculos divulgam, mas me irrita ver o poder que eles tem de formar opinião e de como isso mexe com as pessoas. Repare que não estou falando sobre ninguém exatamente dentro desses veículos de comunicação, não entro no mérito de quem seja colorado ou gremista, até porque as notícias no site são postadas provavelmente por estagiario que se quiserem escrever o que bem entende eles não corrigirão. Uso esses sites apenas para saber o que ocorre, procuro notícia não opinativas, como tabela do campeonato, o dia-a-dia do meu time como exemplo quem jogará ou não, e notícia do cotidiano em geral, porque quando entra opinião ou "furos de reportagens", normalmente são desmentidos logo depois, principalmente se tratando do meio esportivo no RS.
Se as pessoas tem o mínimo de cerebro não dêem atenção para esses meios de comunicações, pegue o dinheiro que gasta com assinatura de ZH e faça o seguinte se associe no seu time, vá ao cinema com sua namorada/o, vá passear, dê o dinheiro pro seu filho torrar em porcarias na merenda do colégio, encha a cara de cachaça...faça qualquer porcaria, mas se quiser rasgar dinheiro com Zh da vida, me dê então, porque to precisando.

Olhem esse vídeo, mostra mais ou menos o que falo nessa blogada


sexta-feira, 17 de julho de 2009

100 anos de Gre-Nal

Neste domingo 18 de julho, será realizado mais um clássico Gre-Nal, será o confronto número 377 entre os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul. Esse clássico será especial, pois o estádio Olimpico será palco do denominado "Gre-Nal do centenário", sim, o jogo será disputado a exatos 100 anos após o primeiro clássico, no distante ano de 1909. Nesses 376 jogos disputados houve 141 vitórias do Internacional, 118 vitórias do Grêmio e 117 empates (o "empate" pode igualar-se com o Grêmio no domingo). Houveram partidas memoráveis, outras nem tanto, muitas alegrias para colorados, muitas alegrias para os tricolores e duelos que vivem na memória dos torcedores, duelos esses que ficam no hall dos clássico inesquecíveis e mais importantes. A postagem de hoje abordará o Gre-Nal de modo a dar uma atenção especial a alguns clássicos que já seriam famosos antes mesmo da bola rolar, podemos chamar de grenais emblemáticos, pois assim como domingo, o simples fato de ser o "Gre-Nal do centenário", independente de quem vença, da qualidade da disputa, ou do que aconteça, por si só será especial. Houveram diversos clássicos que antes mesmo de acontecerem já se tornaram inesquecíveis, farei aqui uma pequena lista e falando um pouco sobre eles.

Gre-Nal do 10x0:
O recém fundado Internacional convidou o clube mais tradicional da cidade para estrear o novo time, o primeiro Gre-Nal, também foi o primeiro jogo oficial do jovem Sport Club Internacional. A partida disputada na Baixada (antigo estádio do Grêmio e atual Parcão) tinha um clima festivo, mas como todo clássico que se preze até amistoso é sério, e o experiente Grêmio goleou o Internacional por 10x0, a maior goleada da história do clássico. Both marcou 5 gols e foi autor do primeiro gol do clássico.

Gre-Nal Farroupilha:
A partida disputada em 22 de setembro de 1935, fez parte das comemorações dos 100 anos da Revolução Farroupilha. A partida que se encaminhava para um monotono 0x0, acabou sendo vencida pelo Grêmio com 2 gols nos minutos finais. A vitória tricolor no clássico também marcou a despedida de um dos maiores jogadores da história do Grêmio, o goleiro Lara. O jogo antes mesmo de rolar já era especial, por causa da comemoração, a vitória do Grêmio se tornou tão simbólica que jogadores e diretores do Grêmio prometeram comemorar o feito pelos próximos 100 anos, e até hoje a promessa é cumprida.

Gre-Nal de inauguração do estádio Olimpico:
O Grêmio inaugurava seu novo e moderno estádio, naquele período o estádio Olimpico ganhava status de maior estádio privado do Brasil. Para comemorar e abrir os trabalhos decidiu convidar o seu co-irmão, Internacional para a festa. Mal sabiam os gremistas que tiveram a ideia de que estavam prestes a cometer um grande erro. O clube vermelho (que naquela partida usou o uniforme branco) não só estragou a festa gremista vencendo o clássico, o colorado aplicou uma impiedosa goleada de 6x2 no rival, Larry virou figura eterna do clássico ao marcar 4 vezes diante da torcida tricolor.


Gre-Nal de inauguração do estádio Beira-Rio:
Em 20 de abril de 1969, o Grêmio tinha a chance de devolver o feito colorado na inauguração do Olimpico e estragar a festa de inauguração do estádio Beira-Rio. A semana pré-classico foi mais quente do que de costume, declarações pesadas de jogadores e dirigentes acirraram ainda mais os animos para a partida. O jogo simplesmente não terminou, pois ainda quando estava 0x0 o jogador do Inter Urruzmedi se estranhou com Espinosa do Grêmio, e aos 38 minutos do 2º tempo aconteceu uma das maiores brigas generalizadas dos grenais, após toda confusão o Internacional insistia em recomeçar o jogo, mas não foi possível, afinal de contas 10 jogadores do Internacional haviam sido expulsos. O goleiro Gainete do Inter declarou a um reporter após a briga que "Aqui é nós que vamos cantar de galo!".

Gre-Nal do século:
A imprensa denominava assim o clássico da semi-final do Campeonato Brasileiro de 1988, era a chance que o vencedor tinha de decidir o título e de quebra tirar a chance do rival chegar a final. Mais uma vez um clima tenso durante a semana e no dia 12 de fevereiro de 1988, sob forte calor do verão gaúcho o estádio Beira-Rio lotou, para ver um dos jogos mais marcantes da história do clássico. O Grêmio saiu vencendo com um belo gol de Marcus Vinicus, de quebra ainda no primeiro tempo o Internacional teve um jogador expulso. Tudo se encaminhava para uma vitória do Grêmio até que veio a tona a improbalidade de um clássico, Nilson empatou para o Inter, resultado que levaria o jogo para a prorrogação. Mas aos 26 minutos e após uma bela jogada de Mauricio a bola é cruzada rasteira e forte para a area, o goleiro do Grêmio Mazzaropi não conseguiu intervir e surgiu Nilson novamente para fazer a explosão da torcida colorada em uma das maiores festas já vistas no Beira-Rio, placar final 2x1 para o Inter.



Gre-Nal do gol 1000:
É bem verdade que este Gre-Nal se tornou mais emblematico após a realização dele, mas entrará nessa lista porque antes do clássico faltavam 2 gols para se alcançar a marca de 1000 gols, e durante a semana muito se discutiu quem faria o gol simbolico. Talvez ninguém tenha apostado no recem-chegado e reserva Fernandão. O jogo foi 2 a 0 para o Inter e o primeiro gol foi marcado pelo zagueiro Vinicius, então a partir daí ficou mais próxima a expectativa de quem faria o milésimo gol do clássico, a próxima bola que balançasse a rede em qualquer dos lados entraria para a história. O gol se tornou mais emblematico porque não veio de qualquer um, Fernandão mesmo que ainda não tivesse escrito nada de sua bela história no futebol gaucho, foi pra area e cabeceou a bola no canto direito da "goleira do placar" e se consagrou como, o "homem do gol 1000". No dia 10 de julho de 2004 o Beira-Rio viu surgir um ídolo.



Gre-Nal de centenário do Grêmio:
Esse Gre-Nal foi disputado pela Copa Sul-Americana, portanto a primeira vez que os rivais se enfrentavam por um torneio internacional. Além dessa conotação inédita o clássico foi denominado pela imprensa como o "GreNal do centenário do Grêmio". No dia 15 de setembro de 2004, o colorado venceu o Grêmio por 2x0 no estádio Beira-Rio com gols de Fernandão e Chiquinho. O Grêmio vivia um péssimo momento e o Internacional um momento que também não era dos melhores, o colorado comandado por Joel Santana (hoje técnico da seleção da Africa do Sul) fez a alegria dos torcedores que homenagearam os rivais cantando "parabéns a você" nas arquibancadas do estádio, causando irritação de alguns jogadores gremistas.



Gre-Nal do centenário colorado:
O jogo era válido pelas 4ª de finais do segundo turno do Campeonato Gaucho de 2009, para o Grêmio a derrota tiraria as possibilidades de título e para o colorado uma vitória abriria caminho ao bi-campeonato, pois tirando o rival da competição facilitaria a tarefa para as fases seguintes. Um dia após a comemoração do centenário colorado, no dia 05 de abril de 2009 o Gigante da Beira-Rio foi palco de mais um clássico, o ultimo disputado. Em uma partida equilibrada nos primeiros minutos sobressaiu-se o Grêmio, após a marcação de um penalti Tcheco fez 1 a0. O Internacional não demorou muito pra responder, e na mesma moeda, também de penalti empatou o jogo com Andrezinho. Os 44 mil torcedores que foram ao estádio puderam ver no segundo tempo a virada colorada com gol do zagueiro Índio, acostumado a marcar gols o defensor entrou para a história do clube ao igualar o numero de gols do lendario zagueiro Figueroa e também de dar a vitória por 2 a 1 para o Inter de virada.

Outros clássicos em ocasiões especiais:
Gre-Nal de inaguração da bandeira do Grêmio:
Grêmio 3x7 Internacional

Primeiro Gre-Nal de Campeonatos Brasileiros:
Internacional 1x0 Grêmio

Gre-Nal dos 100 anos de Porto Alegre:
Vitória do Inter (Não consegui descobri o placar em lugar algum, ainda descobrirei)

Gre-Nal das faixas (após o título Mundial do Grêmio de 1983):
Grêmio 4x2 Internacional

Gre-Nal da Copa do Brasil:
Internacional 1x1 Grêmio (Inter se classificou no penaltis ao vencer por 3x0)

Gre-Nal de inauguração do Placar eletronico do Beira-Rio:
Internacional 1x2 Grêmio




Até domingo então, e bom clássico a todos. E que vença o...INTER

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nossa segunda casa se torna um "quarentão"



Usei o termo "nossa segunda casa" no título porque hoje acredito falar em meu nome, em nome do Ben Hur e do Rafael, na qual entre tantos gostos em comum que temos, tem um que nos aproxima em especial, que é o Internacional e consequentemente o Gigante da Beira-Rio, lá é nossa segunda casa. Particularizarei um pouco falando de minha experiência de vida e a ligação dela com o Beira-Rio.
Falarei aqui do templo colorado que exatamente hoje completa 40 anos, um quarentão daqueles "inteiros", pronto pra qualquer batalha, e olha que essa casa já sofreu batalhas inesquecíveis. Falar do Gigante é fácil, mas tem tanta coisa pra se falar dele, que se torna difícil ao mesmo tempo, não sei se falo em cronologia, se uso ele como patrimônio de Porto Alegre, se falo de ocasiões especiais, se uso o caminho através da arquitetura, ou qualquer outra abordagem possível, entre todas possíveis, decidi me expressar de uma forma não científica, mas sim a ferramenta que expresse melhor o que realmente signifique esse lugar na vida de nós colorados, usarei como ferramenta a minha paixão por este lugar, a paixão vermelha, colorada que transborda os corações recém centenários.
Quando era piá (e ainda hoje), adorava ouvir as histórias do meu pai sobre o Inter dos anos 70, e como foi levantado o Beira-Rio, ele teve a oportunidade de ver de perto a transformação que ocorreu naquele local, primeiro de um monte de água, depois areia, e depois ainda uns tijolos que esboçavam, o que em 1969 se tornaria o Gigante da Beria-Rio, ele jogava nas categorias de base do colorado, isso lá no final dos anos 60, eu ficava admirado com ele contando que o torcedor contribuia com o que podia, seja o material de construção, seja carregando tijolos (como fez o Falcão), e era muito bom ouvir ele ridicularizando os gremistas, que ficavam falando mal da construção, que segundo eles afundaria e que o ingresso mais caro seria o da "bóia-cativa". O meu amor por esse lugar se deu muito antes de pisar pela primeira vez nele, pois quando o meu velho contava sobre o jogo da inauguração, contra o Benfica de Eusébio, era impossível não se apaixonar, o orgulho que eu via nele, ao falar do Gigante nutriu em mim uma sensação de ligação com algo que poucas vezes vivenciei, e consequentemente é obvio que enchi o saco dele pra ir conhecer o Beira-Rio. Em 1992, na final da Copa do Brasil, era a data marcada para me encotrar de vez com o lugar que se tornaria minha segunda casa definitiva, um dia antes o pai me levou lá e me mostrou ele vazio, fui na arquibancada superior, fiquei maravilhado olhando tudo aquilo , enquanto ele apontava e dizia que na inauguração havia ficado nos "banquinhos" da social, no gre-nal do século, debaixo do placar com meu irmão gurizote ainda, que na final de 1975 tinha ficado sei lá onde, e qaundo percebi as palavras dele pareciam não mais me importar, pois aquele era o meu momento, a hora de conhecer o Gigante, me apaixonei pelo lugar na mesma hora, lembro de achar um máximo as cadeiras coloridas, de dizer que a goleira era muito maior que eu imaginava (ali deveria ter descartado a possibilidade de um dia ser goleiro, mas como sou teimoso ainda tentei depois disso), que aqueles degraus eram altos demais, que era muito longe do campo... Tudo que eu dizia mostrava a impônencia do maior estádio do sul do Brasil, daquela obra de arte as margens do Guaíba, aquele momento só se compara com o dia que pisei naquele gramado (ainda contarei aqui, quem sabe), falando em ralação a paixão colorada. No dia seguinte estreei com o pé direito e um foguete, no meio do gol, que levantou areia e balançou a rede em meu primeiro título "presencial" (me apropriando de um termo comum nas aulas de EAD), foi inexplicavel, e a única forma de quem está lendo sentir isso, é assistindo ao curto vídeo que postarei abaixo, agora só pra contextualizar: eu tinha 7 anos e era minha primeira vez em um estádio de futebol.

Depois de toda loucura passada, poucos dias depois vi um 0x0 com uma chuvarada e falta de luz, diante do maior rival e mais uma taça, dessa vez o 31º título gaúcho, ali meu coloradismo se firmou, e meu amor por esse lugar se perpetuou, sem dúvida é o local onde me sinto melhor, me sinto dono, me sinto em casa. Em 17 anos de idas ao estádio vi muita coisa mudar, infelizmente a Coréia não faz mais parte do espetáculo e o gigante foi se modernizando, confesso que gosto de ver ele bem cuidado como está, mas como bom nostalgico que sou, também sinto falta da cambada pulando o muro da coréia para a arquibancada inferior, sinto falta da cerveja, sinto falta daquela pista atlética que levantava um areião desgraçado com as ventanias comuns da beira de rio, sinto falta do grenal com quase meio a meio na inferior e superior, sinto falta do meu velho lá comigo, que já não pode mais ir. Existem poucas coisas que tenho carinho especial, e colorado como sou, o Beira-Rio é uma delas, entrar no gigante é estar muito bem, não importa se é frio, não me importava se os corredores antigamente fediam a mijo, se o time tá mal das pernas, se está ganhando ou perdendo, se tem sol demais na cara ou a chuva tá me lavando de um jeito que com certeza ficarei resfriado, fico feliz ao saber que não vão desmanchar minha casa para fazer tudo diferente, quero muito um "Gigante Para Sempre" como estão prometendo, posso ser nostalgico, mas gosto de ver minha casa bonita, não é porque o Beira-Rio virou um quarentão que tem que ser descartado, será um "quarentão dos modernos," com uma visão de futuro, a partir disso e falando em futuro, quero muito poder levar meus piás para passarem o que eu passei lá, que façam uma história lá como fiz ,(e ainda estou fazendo)sejam elas cheias de alegrias ou algumas decepções, os anos 90 podem ter sido um grande castigo, mas o que os anos 2000 vem me dando não tem preço, ainda verei no moderno Gigante muita coisa ruim e muita coisa boa, futebol é assim todos sabem, não importa como será, importa que sempre que eu quiser me sentir bem eu pego minha camisa vermelha, um punhado de pessoas que gosto, cruzo a cidade e vou em direção do sol, chego ali na beira do rio me sento e me sinto em casa, me sinto bem, sinto-me no Gigante.


Saiba mais sobre a história da fundação do Gigante da Beira-Rio:
http://www.internacional.com.br/pagina.php?modulo=4&setor=29

Saiba tudo sobre o projeto Gigante Para Sempre, com fotos e vídeos: (RECOMENDO)
http://www.internacional.com.br/pagina.php?modulo=4&setor=34&secao=82

segunda-feira, 30 de março de 2009

Internacional 100 anos e uma "nova história".

Entramos na semana em que o time de 3, dos 4 blogueiros, completa 100 anos de história, em meio a um turbilhão de e-mails com vídeos sobre nossos maiores feitos, com trilhas sonoras que realmente emocionam, não tem como não se motivar para essa passagem que ocorrerá no dia 4 de abril. O que motiva mais ainda é que estamos com um bom time e que tem chances de brigar por tudo esse ano, entra como candidato a título em todas competições do ano, e pode se "internacionalizar" mais ainda com a real possibilidade de levantar 3 canecos fora do solo tupiniquim.
Tudo isso poderia resultar no post de hoje, mais um daqueles apaixonados, mas uma notícia que vi no portal da globo.com faz eu desviar minha atenção de 2009 para 1909, sobre algo que ocorreu a 100 anos atrás praticamente, pois segundo um conselheiro do Internacional, Tiago Vaz, através de pesquisas apontam que a fundação do Internacional teria sido de forma bem diferente do que é contada. Primeiramente foi descoberto que os fundadores do Internacional (irmãos Poppe) não eram comerciantes paulistas, e nem recém chegados na cidade, e muito menos renegados no "imortal" como se diz, eles teriam vindo de São Paulo sim, mas em 1901, seriam naturais do Rio de Janeiro e jornalistas, e que se quer tentaram se associar ao Grêmio, na qual era descrito como um clube "fechado", como a maioria naquele período. Segundo a pesquisa, naquele momento o governo havia incentivado a criação de espaços públicos para práticas esportivas, com intuito de formar jovens para o exército, seria aí a base para a criação de inúmeras entidades esportivas e entre tantas surgia o Sport Club Internacional. É importante então frisar que segundo o pesquisador Tiago Vaz, o Internacional não seria um clube de renegados no Grêmio, e sim um clube com idéias sólidas e contrária a elitização do esporte. Essa pesquisa será revelada em maiores detalhes na revista do Inter (distribuida somente para os sócios) do mês de abril (comemorativa do centenário), o pesquisador convenceu a direção do Internacional de que a história de fundação não é exatamente da maneira como foi contada e com isso será publicada uma nova história colorada, ainda segundo a matéria no portal globo.com, serão doados inúmeros documentos ao Internacional que comprovam o que Tiago Vaz afirma, alguns desses documentos serão expostos no novo museu do clube que será inaugurado no segunde semestre de 2009, esses documentos seriam de Carlos Bandeira Poppe, delegado aposentado que atualmente vive no Rio de Janeiro, sobrinho de Henrique Poppe idealizador da criação do clube, entre os documentos estariam períodicos da época, cartas da família e outros documentos.
Sobre esse assunto temos que ter cuidado, tendo em vista que ao se tratar de um período importante que é o centenário, as atenções são voltadas também para o passado, é um momento que se olha um pouco pra trás, mas também tem que haver uma certa cautela para tentar não reescrever a história de maneira distorcida, entre as primeiras conclusões que tiro, estão de que não duvido dessa nova versão, ela pode ser exatamente assim, e se for assim, cai por terra aquela ideia de Inter e Grêmio como grandes rivais desde sempre, ou pelo menos o Grêmio como grande rival colorado, já que na versão antiga, havia o ingrediante de não aceitação gremista com os irmãos Poppe, por isso falo para ter cautela, lembro também que tudo isso será públicado numa revista oficial do Internacional e de que essa nova versão trará muitas outras inquietações sobre os fatos a seguir daquele inicio de século, confesso que agurado anciosamente meu exemplar da revista do Inter, para ter acesso a mais detalhes sobre essa nova versão de fundação do clube que tanto amo, pode estar surgindo aí, um possível projeto de pesquisa no futuro.