sábado, 28 de março de 2009

Mas, afinal, o que é azulejo?

Primeiramente, quero repetir o gesto do Rafael e agradecer ao André e ao Ben Hur pela oportunidade de participar do blog. Espero que possamos fazer um blog cada vez melhor.
O que pretendo fazer agora é explicar um termo muito frequente no nosso cotidiano no Centro Universitário Metodista IPA: azulejo. Não se trata do bom e velho pedaço de cerâmica, comumente usado para decorar banheiros e cozinhas. Falo de um azulejo em especial, o que podemos denominar como azulejo acadêmico. Farei aqui uma pequena retrospectiva, para explicar o surgimento do termo.
Estávamos no primeiro semestre de 2008, nosso terceiro semestre de curso, na aula da professora Luciana Coronel, que ministrava a cadeira de Idade Moderna I. Por ser uma aula de muita discussão, vez ou outra alguns alunos se manifestavam com frases diversas, porém óbvias, que em nada contribuiriam com o desenvolvimento da discussão. O motivo disso era simples: o desejo de aparecer, de ser notado pela professora e pelos colegas. Recordo que estava sentado ao lado do Rafael, e ele comentou comigo algo referente a essa mania irritante e desnecessária que alguns colegas tinham em querer aparecer em uma discussão sem contribuir com nada de importante, que desse sustentação ao que falávamos. Então eu pensei um pouco sobre o que ele havia dito, e nesse meio tempo as participações desnecessárias continuavam.
Então eu virei para ele e comentei algo aproximado a isso: “Bah! Que mania de querer aparecer a partir de alguma coisa que alguém já fez ou já falou. Parece que ficam querendo colocar um azulejo em uma parede, só para se destacarem mais”. A partir daquela noite, qualquer contribuição desnecessária, que visasse apenas o chamar de atenção ou o preenchimento de uma lacuna deixada por um colega ou professor, passou a ser denominada de azulejo.
Temos em nossa turma pessoas que são experts em colar azulejos nas aulas, mas o maior de todos os mestres azulejistas já nos deixou: Hector. Não são apenas alunos que largam azulejadas nas aulas, os professores também fazem isso. Aliás, todos nós da “Luxiuose École” ou, como disse o Rafael, “École Luxiuosa”, já usamos de boas azulejadas nas aulas, mas apenas com aqueles que merecem e aceitam essa prática. Há certos professores que são “azulejoclastas”, ou seja, “quebradores de azulejo”, e destroem qualquer tentativa de azulejada antes que ela se inicie.
Talvez o maior azulejo dos últimos tempos tenha sido o surgimento do Filósofo Leonardo, que recebeu um positivo acenar de cabeça da professora, além de um encorajador e inesperado “é isso mesmo”.
Com o tempo, a maioria dos termos que usamos será explicada neste blog, e, para finalizar a explicação sobre os azulejos, segue abaixo a lista dos 10 Mandamentos do Mestre Azulejista:

1 – Não te calarás, mesmo que não saiba sobre o que se fala.
2 – Não te intimidarás com o olhar dos demais.
3 – Prepararás o azulejo com requinte.
4 – Defenderás o azulejo colocado.
5 – Te orgulharás do azulejo.
6 – Colocarás outros azulejos, para que o primeiro não se sinta sozinho.
7 – Aproveitarás os azulejos dos demais, para fortalecer os teus.
8 – Criticarás os azulejos dos teus desafetos.
9 – Farás isso com freqüência.
10 – Não temerás levantar a mão e falar: “Mas hein ôôôôô...”

Se todos os mandamentos forem seguidos a risca, qualquer um pode ser um Mestre Azulejista, caso contrário, será sempre um aspira. Bom final de semana.

2 comentários:

  1. Filósofo Leonardo de Parma30 de março de 2009 às 10:18

    Esse blog está cada vez mais cativante.

    Os azulejos não novidades no meio acadêmica, na verdade, no distante século IV eu já era expert nessa prática, em Constantinopla eu era conhecido como "Leonardo, o azulejista". Quem aperfeiçoou esta prática foi meu seguidor, mouro Saúl e espalhou por toda a Europa essa técninca na qual hoje é praticada com maestria por alguns alunos universitários.

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  2. Seja bem vindo Marcão, ótimo post, as azulejadas mereciam destaque mesmo, tem tanta coisa que tem que passar por esse blog e os azulejos não podiam ser esquecidos.

    Quando a "Luxiuose École" estará na Wikipedia?

    Abraços

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