segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A "função social" do boné nos anos 90


As vezes passamos momentos conturbados na vida, mas nada disso é capaz de derrubar, bem pelo contrário, nos fortalece. Hoje a blogada luxiuosa vem abordar um tema direto dos anos 90, o assunto surgiu em uma conversa no bar do Dona Leonor. Ben Hur, Lucas e eu comentávamos sobre as modas e manias que eram praticamente regras e, que faziam parte do grupo de acessórios que um adolescente (cada um a sua época) era obrigado a ter para se incluir socialmente.  Chegamos a conclusão que antigamente era mais uniforme essas regras  e não se tinha tantas "tribos" como hoje, mas mesmo em grupos cada vez menores essa gurizada segue algumas regras de comportamento, vestimenta e atitude dentro de sua "tribo". Nesse papo de bar  (sem alcool), Lucas e eu relembramos algo que é digno de se escrever aqui, justamente sobre uma dessas normas de encaixe social que existia na nossa adolescência. O boné não era um item obrigatório, mas quem  planejasse usar este acessório teria que seguir uma série de regras para o boné ser reconhecido, por  que se ele não fosse, provavelmente seu filme seria queimado,e tu perderia pontos entre os amigos e, pior de tudo com as meninas. Como todos querem manter uma imagem para os amigos e todos queriam impressionar as meninas ninguém ousava não seguir o "manual". Era  uma época que só era válido o boné, se fosse importado, e para ser importado tinha uma série de especificações. Tinha que ser de algum time americano de basquete, baseball, hóquei ou futebol americano. Bonés que se usa hoje de marcas como  Adidas e Nike não tinham valor, a arte do boné tinha que ser bordada, jamais pintada ou algo além de bordado,  o regulador de tamanho tinha que ser de plástico, com "uma linha" só de  abotoadores. Quem pensa que aqui terminam as regras se engana, a aba não podia ter estampa ou o bordado já citado, o tecido na parte inferior tinha  que ser verde, e  com "oito linhas" costuradas na disposição da curva da aba, ah! alguns botavam a mesma dentro de um copo, para ficar bem ovalada, aba reta ainda não era bem vista. Existiam outras normas, como a etiqueta, não podia ser forrado internamente com esponja, e a "bolinha" do centro do boné tinha que ser de metal, sem esquecer claro que não podia ser de "redinha" o material do acessório. Era engraçado porque quando se comprava um novo boné, todos os amigos pediam pra vê-lo e inspecionavam, por mais que tu prestasse atenção antes de comprar sempre faltava um item e se ouvia aquele velho termo, "esse boné não é gringo, não gostei", ou torcia que alguém dissesse que era gringo sim, ou que a notícia não se espalhasse, porque se não estava decretada a aposentadoria do acessório.O Boné era também um medidor de status, nem todo mundo fica bonito com a peça, mas mesmo assim lá estava o cara gastando o dinheiro do pai e da mãe pra ficar na moda,  o boné quanto mais imponente, mais "tu era o cara", mas bonito ficava e consequentemente mais atenção das meninas chamava. Não sei ao certo se ainda hoje é assim, pelo que vejo -mesmo que de  fora-, me parece que a gurizada ainda tem  regras, mas muito menos unificadas do que nos anos 90, pois naquela época ou era "assim" ou, não  era,  não existia muita escolha, hoje vejo muito  mais estilos diferentes  e, que cada um segue sua rega interna é claro, mas é bem mais amplo.


Agora a frase  do dia de Homer Simpson

"Eu não bebo água… Os peixes transam nela."




4 comentários:

  1. ai se vocês souber ou se tiver esses bonés antigo eu compro tudo

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    erildog@ibest.com.br

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  2. muito ben lenbrado parese ate a maquina do tenpo e eu tanben conpraria bones se achase valeu edson de pao

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  3. Eu tenho vários e as jaquetas tambem tudo novo 034 998013604

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  4. Eu tenho vários e as jaquetas também tudo novo

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