quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Perco o amigo...



...mas não a piada!

Abraço. André.

Minhas Impressões sobre Exit Through the Gift Shop (ou o filme do Banksy)

Um breve comentário antes do texto, como a minoria gremista do blog, não estou de acordo com os últimos posts, mas parabenizo os amigos colorados pela conquista da libertadores.


Pronto, parabéns dado, vamos ao texto.

Eu não podia esperar outra coisa de "Exit Throught the Gift Shop" (ou o filme do Banksy), não é só a arte dele (e de outros artistas) que passa em 90 minutos de película, é o artista na tela.
Irônico, debochado e questionador é o mínimo que eu posso falar do filme, o que começa com um documentário normal de Street Art, acaba por deixar em aberto uma (talvez) excelente piada.
Banksy é um mero coadjuvante nesse meta-documentário, o personagem é Thierry Guetta (ou Mr. Brainwash, conforme o andamento do filme), um documentarista francês, radicado nos Estados Unidos, que acaba virando o pricipal cinegafista de alguns dos principais artistas da "street art" mundial.
Ok, mais um documentário sobre como fazer documentários. Apesar das participações de Space Invader, Mr. Andre e Shephard Farey (sabe o poster do Obama? Pois é, ele que fez.), seria só mais um filme mediano, com um elenco melhor que o conteúdo, com nada de novo.
O fascínio de Thierry pela street art é tão grande que ele torna-se um artista (e hoje em dia quem não é?), mas não um artista qualquer, um artista egocêntrico, megalomaníaco e ancorado pelos maiores nomes da street art mundial. Sob o nome de Mr. Brainwash, assina sua primeira exposição, " Life is Beautiful" - sucesso de público, vendas e crítica - onde revisita a pop art (fui descobrir depois de assistir o filme que ele assinou também a capa de " Celebration", ou o último disco da Madonna).
Até aí tudo bem, mais uma película sobre o surgimento do mais novo hype da semana, mas a partir desse momento o filme levanta uma questão interessante (sendo sincero, acho essa discussão meio batida e superficial): A comercialização e o conceito de street art.
Não vou entrar nesse ponto, pois como já disse, acho essa conversa defasada e melhor abordada por muitas outras pessoas, só que essa discussão acaba transformar o rumo do filme. Estranhamente, ao se aproximar do fim do filme ganhar um ar ficcional, uma espécie de grande piada, a veracidade de Mr. Brainwash ou Thierry Guetta passa a ser questionada pelo público.
Sinceramente, não acho que um artista marcado pelo ar questionador, deboche e ironia, perante aos ícones da sociedade lançaria mais um filme sobre um tema já abordado, ficarei muito frustrado se esse for mais um filme sobre street art, acho muito interessante a discussão sobre quem é artista e o quanto dura esse artista (estamos na época do efêmero).
Acho a piada, caso ela seja verdadeira, muito bem bolada e levanta uma questão muito legal, já levantada na pop art, o quão é possível fabricar arte e fabricar o artista.
Corram pro torrent mais próximo que essa uma hora e meia vale muito.




Lucas

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Copa do Mundo, Time do Brasil e a volta do "futebol normal".

Depois do ultimo mês em que só se falou na mídia de Copa do Mundo, futebol, Dunga, África do Sul e outras coisas relacionadas eu tinha decidido que não faria isso aqui, mas depois de ontem decidi mudar isso. Ontem o futebol voltou ao "normal", com o Campeonato Brasileiro voltando a grade de programação da TV naquele "belo" horário de 21:50, voltaram com ele estádios ruins, transmissões ruins, jogos ruins, de pouco público e importância imediata. Depois disso tudo, entendo mais do que nunca a importância que tem a Copa do Mundo para o futebol.
Falando de Copa especificamente, é óbvio que não foi o ano que tivemos o brilhantismo de craques como antigamente, não vimos ninguém perto de Pelé, Platini, Maradona, Zidane, Romário, Ronaldo, Van Basten e blá blá blá... Foi a Copa de bons "conjuntos", boas seleções baseadas na vontade e coletividade. Gostei muito da Alemanha, Holanda, Uruguai e acho que merecidamente a Espanha ganhou, não tem como menosprezar o toque de bola espanhol, a calma e a técnica deles. Não é um time brilhante, mas é a seleção que soube melhor se adaptar aos ferrolhos armados pelas pequenas seleções (mesmo perdendo um jogo para o maior ferrolho da história das Copas a Suiça) e que tentou de sua maneira "jogar" para vencer, parabéns e fico muito feliz pelo título por ter uma identificação com o país.
Em resumo não tenho nada diferente pra falar sobre a Copa do Mundo que passou, mas ao assistir Guarani e Internacional ontem a noite se foi embora todo o sentimento de saco cheio que estava da Copa, já começo a sentir saudades. Sou colorado, mas tenho que admitir que jogo ruim de assistir, creeedo! É duro ter que ver Alecsandro, Mazzola, Fabão e companhia jogando, com Celso Roth e Wagner Mancini comandando as equipes. Faço aqui uma relação com o que vi ontem e Copa do Mundo, pego a seleção brasileira como exemplo. Não era uma seleção, era o "Time do Dunga formado por jogadores nascidos no Brasil" (Time do Brasil). Entende-se seleção por ser convocados os melhores, ou os que estão entre os melhores pelo menos. Dunga fez da seleção Brasileira um time como Inter, Guarani, Grêmio ou Vasco. A seleção (sim, o unico lugar do mundo que se denomina de "seleção" a equipe que representa um país no futebol é o Brasil)como é denominada, que já apresentou boa parte do que tem de melhor para o futebol perdeu totalmente o caráter de seleção, virou um time. Como é possível querer ganhar algo com jogadores como Michel Bastos, Gilberto, Josué, Elano, Gilberto Silva, Graffite e Felipe Melo. Não quero crucificar o Felipe Melo, ele é ruim sim, destemperado, cabeça de bagre e todos sabem disso, só o Dunga não sabia. Como um cara que 6 anos atrás fazia parte do que tinha de pior num time que caia pelas tabelas e que caiu de verdade, quando foi parar na segunda divisão com Grêmio podia se tornar campeão da Copa do Mundo? Imagino a manchete da ZH: "Da segundona para o mundo: Felipe Melo e Grêmio dão a volta por cima e vão do inferno ao céu em 6 anos." Ainda tem uns loucos que acham que o que tem de mais bonito no futebol são volantes como esses, dedicam capítulos em livros para esses jogadres e exaltam justamente as atitudes que fazem com que se caracterizem como jogadores "brucutus". Não é a toa que desde que vi o Grêmio assumir essa identidade como sendo sua, não ganhou mais nada, ainda bem que na seleção brasileira parece que essa moda não vai pegar, porque senão provavelmente aconteceria o mesmo que com o o Grêmio, que pra mim como colorado gosto que "eles" sejam assim, afinal odeio o Grêmio. Mas como com a seleção brasileira nem torço, nem odeio, acho ruim para o futebol se o "pensamento brucutu" vingar.
Entendo mais do que nunca a importância da Copa do Mundo de quatro em quatro anos, sinto que depois dessa copa (que não foi tão bela "plasticamente")passo a gostar mais de futebol do que antes. Vi nessa Copa ferrolhos que tinham sua beleza e que até contribuem para o futebol, afinal de contas quando um ataca outro tem que se defender. A Copa parece existir de tempos em tempos para nos lembrar que futebol de verdade não é o que apresenta Felipe Melo, Sandro Goiano, Edinho, Dinho ou que o Celso Roth, Dunga e Muricy dizem ser nas entrevistas coletivas. Vejo nessa Copa que até o México que saiu nas oitavas de finais sem fazer nada foi mais vencedor e contribuiu mais pro futebol do que o "Time do Brasil".

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ressaca Intelectual

Começo a minha postagem me desculpando com os leitores e com os amigos luxiuosos, pois á muito não venho por aqui. Estava vivendo uma espécie de ressaca da vida, como se eu tivesse tomado todas as “garrafas de vida” que me fossem permitidas. Na verdade ando vivendo o que os profissionais da medicina e da psicologia classificam de depressão, meio maluco esse papo de depressão, pois aparentemente continuo mesmo sorrindo, brincando e me irritando. Mas confesso que por dentro estou fragmentado...Mas segue o baile, pois o gaiteiro ainda toca...
Meu texto na verdade é um reflexo do meu estado de espírito que me fez questionar algumas coisas na minha vida, o quanto se ganha ou se perde, o quanto se chora ou sorri, o quanto vale a pena ou não. Mas então, formamos em história cheios de expectativa, sentindo-se diferentes no mundo, com olhar critico, alguma erudição, capacidade de reflexão, de analise entre outras aptidões que se supõe que possa ter um historiador...Balela. Na verdade o que ocorre é justamente o contrario professores desempregados em um país em que a educação é extremamente carente, mas o que me parece após seis meses de procura por um espaço em alguma sala de aula, observa-se que faço parte de uma raça que se reproduz aos milhares a cada semestre, e cada filhotinho que nasce vem ao mundo das letras com a mesma expectativa em que tínhamos á alguns meses atrás. Em hipótese alguma estou desistindo muito antes pelo contrario é apenas um desabafo, um grito para combater o desalento. Pois afinal de contas às cobranças vêem de tudo quanto é lado, pessoas questionam a tua capacidade, põe em cheque as tuas escolhas...Falam, falam...Mas me mantenho firme, á espera do meu espaço, na construção constante do meu ser historiador, do meu ser professor, pois pelo menos este entendimento eu tenho que morrerei trabalhando nesta obra...Queiram ou não queiram... Mas nem tudo é desespero e desalento... Saúdo a chegada do Mestre, alias Pós-Doutor Éder Silveira na FAPA, onde eu e meu colega luxiuoso André estamos fazendo pós-graduação. A FAPA tomou uma decisão acertada ao contratar mestre Éder, quebrando paradigma teórico da instituição, sinal dos tempos...Um pouco de historia cultural não vai matar ninguém, muito pelo contrário vai fortalecer o espírito dos historiadores materialistas...Seja bem vindo Éder aos pouquinhos vamos dominando o mundo...Tipo um plano do Pink e do Cérebro...Muito bom contar com a presença do amigo mais uma vez, é garantia de bons papos na volta da Faculdade e boas risadas.
Saúdo também meu colega, amigo e irmão André Bugallo, onde estaremos dividindo a mesma bancada no Seminário História na Copa, no curso pré-vestibular Evolução, serão 10 dias frenéticos. Como podem ver nem tudo está perdido, continuamos a lutar, mas às vezes é vital desabafar e o lugar que achei pertinente foi este aqui, aonde me sinto em casa, senhor de todos os sortilégios....Aonde posso e devo ser luxiuoso... Desculpem-me os desabafos...